sexta-feira, dezembro 23, 2005

Feliz Natal


Um Feliz Natal para todos os leitores e colaboradores do "Casa do Eiró"!

sexta-feira, dezembro 16, 2005

JSD de Mondim de Basto refuta acusações do Vereador Humberto Cerqueira

Em resposta a uma intervenção do vereador Humberto Cerqueira neste blog, no artigo "Ser ou não ser... Eis a questão", a JSD de Mondim emitiu um comunicado que a seguir se transcreve.

Num texto que fez publicar o vereador eleito nas listas do Partido Socialista, Humberto Cerqueira, escreveu:
"O PS é em Mondim de Basto o partido com mais jovens eleitos (a Isabela Miranda, o Fernando Ilídio e o Manuel Ferreira) e teve o maior número de jovens em lugar elegível nas últimas autárquicas na lista da Câmara (em 7 elementos, 3 tinham menos de 30 anos, o Duarte Martins, o Tiago Castro e a Isabela Miranda)."
E continua: "Onde estão os eleitos da JSD? Alguns estão na Câmara como funcionários. Entraram por mérito? As Juventudes partidárias só servem para organizar festas? Serão uma espécie de comissão de festas? Ou funcionam como uma agência de empregos".
E termina dizendo: "os jovens do PS que referi (a Isabela, o Ilídio, o Manuel, o Duarte e o Tiago) e outros que se juntarão a estes, têm emprego, são bem sucedidos na sua actividade profissional, não são dependentes. Foram ou são excelentes alunos e óptimos profissionais. O PS marca a diferença". E assina Humberto Cerqueira, vereador eleito pelo PS.
Sem entrar em grandes considerandos sobre estas afirmações, pensamos no entanto que ficou perfeitamente claro que para o vereador Humberto Cerqueira existem dois tipos de jovens em Mondim: os jovens de primeira e os jovens de segunda.
Os jovens de primeira serão, na sua opinião, os jovens do PS a que se referiu e outros que se lhe juntarão a quem se lhe atribui todas as qualidades cívicas e profissionais.
Os de segunda serão todos os outros jovens a quem não reconhece qualquer qualidade, só têm defeitos.
E não contente com esta classificação entre jovens Mondinenses de primeira e segunda categoria ainda por cima distingue as suas organizações políticas (no plural) que diz só servirem para organizarem festas, se são uma espécie de comissão de festas ou uma agência de empregos.
Perante os factos acima expostos a comissão política da JSD de Mondim de Basto reunida extraordinariamente para debater este assunto, deliberou:
1º - A JSD não se revê minimamente neste discurso, estranho à democracia de Humberto Cerqueira quando este classifica os jovens Mondinenses em óptimos jovens e maus jovens apenas com base nas suas preferências políticas.
Para a JSD todos os jovens Mondinenses são iguais usufruindo dos mesmos direitos e deveres e tendo todos eles direito às mesmas oportunidades que sejam socialistas, populares, comunistas, bloquistas, ou sociais democratas.
2º - A JSD não pode admitir que alguém com responsabilidades públicas, educativas e políticas de Humberto Cerqueira tente interferir nas suas actividades partidárias recorrendo para o efeito ao insulto e à provocação. O que a JSD, a organização política do juventude do PSD, faz ou não, se faz ou não festas só a ela e somente a ela diz respeito. Se o vereador Humberto gosta ou não, o problema é dele.
3º - E por último tornar público que a JSD de Mondim de Basto não manterá com o vereador Humberto Cerqueira relações enquanto este não lhe apresentar desculpas públicas.

Mondim de Basto, 26 de Novembro de 2005
A Comissão Política Concelhia da JSD
O Presidente
Rafael Leite

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Centros de saúde com menos procura fecham.

No dia 8 de Dezembro ficamos a saber, entre outras mudanças previstas, que as Urgências dos Centros de Saúde (CS) que atendam, em média, menos de 10 pessoas por noite, vão encerrar no horário nocturno. Tendo em conta este critério, a Urgência do CS de Mondim passaria a encerrar ás 21h. Havia uma salvaguarda. Nenhum utente pode ficar a mais de 60 minutos de uma Urgência. Como o CS de Celorico pertence a outra Direcção Regional de Saúde, o CS de Mondim teria de continuar aberto.

Hoje, no JN, podemos ler que o Ministério da Saúde "está a reflectir sobre os exclusivos territoriais da saúde". Ao acabar com esta barreira, a possibilidade de o CS de Mondim fechar passa a ser novamente uma realidade.

Por outro lado, com esta última iniciativa, o Ministério da Sáude vem permitir aos utentes que escolham livremento o CS, ou Hospital, onde querem ser tratados. Um utente de Mondim, não tem mais que esperar até à meia-noite, para poder ser atendido directamente em Vila Real, ou Celorico, como até aqui.

De qualquer das formas, parece irremediável o encurtar do horário de funcionamento do nosso CS. Ficaremos melhor, ou pior, servidos?

E os resultados?

Aqui fica um artigo enviado por alguém que pretende dar os "primeiros passos" neste nosso blog. Seja bem-vindo(a). Espero que aqui consiga obter resposta à sua questão.

Como esta é a minha primeira intervenção no blog, quero felicitar quem o
criou e todos aqueles que contribuem para credibilizá-lo, dando a sua opinião
de uma forma clara e esclarecedora (embora nem sempre seja assim).
A minha participação vai ser bastante breve. Como é do conhecimento de
praticamente todos os bloguistas, antes das eleições autárquicas houve vários
concursos para ocupação de lugares na Câmara de Mondim de Basto em diversas
áreas. A minha única pergunta é se alguém me sabe informar porque é que ainda
não sairam os resultados? Quem é que ficou a ocupar os lugares? Será que é
legítimo os resultados ainda não terem sido do conhecimento nem dos
participantes nem do resto da população? E a oposição porque é que não se
manifesta?

Um Bem Haja a todos
eamoeb

terça-feira, dezembro 13, 2005

"Connecting People"

Depois de um anúncio da Nokia em que dois tabuleiros da ponte não "batiam certo" (fartei-me de procurar..... e nada), aqui temos o caso do Barreiro!!



Já se passaram alguns anos desde que a Autarquia Mondinense levou a cabo uma obra que visava ligar o Barreiro (Ermelo) a Lamas d´Olo (Vila Real).
Foram investidos uns bons milhares de contos em 1,5 Km de boa estrada, (neste momento já apresenta algum desgaste), mas ao que parece, vai acabar por "morrer" ali mesmo na fronteira com Vila Real, devido à falta de interesse do concelho vizinho em acabar a obra.
Não restam dúvidas que se trata de uma ligação rodoviária de todo o interesse para Mondim, essencial mesmo para as gentes do Barreiro e talvez Varzigueto.
A atitude da sede de distrito é, em qualquer dos casos, reprovavel. Trata-se claramente de uma atitude egoísta, que não tem em conta a necessidade do concelho vizinho. Um habitante do Barreiro é obrigado, concluído o troço construído por Mondim, a aventurar-se por caminhos por onde só mesmo um TT pode ultrapassar (aqui admito algum desconhecimento, mas acredito que é realmente esta a situação). Caso contrário é obrigado a uma volta enorme para chegar a um local que se encontra a menos de 1 Km.
Do nosso concelho, salvaguardando a hipótese de se tratar de uma situação em que Vila Real não cumpriu os seus compromissos, esta obra arrisca-se a ser um enormíssimo investimento, feito no escuro, com intúito de mostrar à população que não será por eles que ela não avança ou pretendendo pressionar Vila Real a fazer o que demonstrou não estar interessado na mesa das negociações.
Que se passou realmente?

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Democracia Directa

Há precisamente dois meses, culminou uma fase de discussão politica pré-eleitoral. Não havia local onde não se discutisse política ou tudo aquilo que ela arrasta, principalmente tudo aquilo que ela arrasta, mas discutia-se! A motivação para este súbito interesse era o dia nove de Outubro. Todos tinham a oportunidade de tomar parte numa decisão. E é sempre assim, de quatro em quatro anos para as Autárquicas. E nos restantes 46 meses?

Arriscaria-me a dizer que nos restantes 46 meses os municípios são geridos Oligárquicamente. A nossa participação termina naquele dia. Há os municípios mais, ou menos, abertos ao diálogo, mas isso é uma opção do Executivo Autárquico. E aqui entramos na velha questão da representatividade ou na questão da passividade dos munícepes face à forma como é gerido o seu concelho.

A Democracia Directa surge exactamente para contrariar esta situação. A cidade de Porto Alegre, no Brasil, serve de referência para esta "forma de governo", influenciando neste momento algumas cidades e estados Europeus (Palmela em Portugal). Os cidadãos são chamados a participar activamente nas decisões mais importantes para a sua cidade. Como exemplo temos o Orçamento Participativo (OP) em vigor desde 1988:

- De 2% do orçamento para investimentos passaram a ter 20%.
- Este aumento deveu-se, também, ao aumento de impostos. Aumentos estes que eram decididos por todos. Esta transparência/consciência permitiu que a cidade de Porto Alegre se colocasse nas cidades com melhor qualidade de vida, e mesmo com os altos impostos, posiciona-se como a segunda mais atractiva para os investidores.
- Os técnicos do executivo são colocados perante um grande desafio. Têm que estar preparados para ilucidar os cidadãos sobre o funcionamento da "máquina administrativa". Posteriormente, concluiram, que um cidadão comum, que participa alguns anos do OP, atinge o nível médio de conhecimento político de um vereador.
- Os níveis de implementação do Orçamento são elevados, (não fosse este, o orçamento de todos).

E a lista continuava, vou deixar alguns "links" que encontrei numa pesquisa rápida sobre o assunto para quem estiver interessado em aprofundar o tema.
- O Orçamento Participativo de Porto Alegre: um exemplo para a Alemanha?
- Orçamento Participativo em Palmela
- Participação e Governo Local

E claro, impõe-se o desafio final, seria possível adoptar este modelo em Mondim de Basto?

segunda-feira, dezembro 05, 2005

EXECUTIVO CAMARÁRIO, EQUACIONOU COMPRAR OTA

Mais um contributo do nosso colaborador xkrjag!

Os ponteiros do relógio, continuam a sua geométrica e ininterrupta marcha. Preparam-se para formar um ângulo de 90º. Está uma bela manhã de sol e começam a chegar os primeiros funcionários à Casa do Eiró. São um pequeno grupo de funcionários, que se prepara para cumprir o ritual de picar o cartão. Apresentam feições invulgarmente tristes, têm na memória o golo falhado no fim-de-semana pelo Nuno Gomes, que custou mais uma derrota. Outro grupo se aproxima, este de feições mais alegres, pois já tinham esquecido o Nuno Gomes ou não são do Benfica.
...

Podem consultar o artigo na totalidade no Fórum Casa do Eiró.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

A dinamização dos espaços desportivos.

Para não fugir muito ao tema do momento aqui na "casa", decidi pegar nas palavras de um nosso conterrâneo para lançar uma outra discussão.
O artigo intitula-se "Que modalidade desportiva, desejamos para os nossos filhos?", é da autoria do Sr. Teixeira da Silva, e vem publicado no "Jornal de Mondim" de Outubro de 2005.
Depois de uma introdução sobre o "desporto rei", e os comportamentos pouco éticos com que nos deparamos todos os dias que nos deslocamos aos estádios, o autor entra na questão principal:

"No desporto, para além do futebol, existem modalidades extraordinárias, que podem e devem ser acarinhadas e que constituem um manancial enorme do que pode ser o desporto para os jovens e para os adultos.
Com a inauguração alguns anos atrás do "Pavilhão Gimnodesportivo", mandado construir pelo Município, cresceu a esperança de que outras modalidades para alem do futebol, iriam finalmente nascer no espírito dos Mondinenses. Puro engano. Quando não existiam as instalações para a prática e o exercício das modalidades chamadas amadoras, exortava-se a Câmara Municipal para que fossem criadas melhores condições para o desenvolvimento do desporto regional e um melhor aproveitamento das camadas mais jovens da sociedade Mondinense. A Câmara Municipal, ouviu a solicitação, compreendeu-a e concretizou o sonho; o povo não compreendeu o sacrifício e o "Pavilhão Gimnodesportivo", tem sido muito pouco utilizado, o que quer dizer, que o esforço municipal foi infrutífero.
Este amplo espaço desportivo, moderno e acolhedor; contempla a possibilidade de ali se praticarem as mais diversas modalidades. Após a sua inauguração, realizaram-se torneios de Andebol Distrital, provas de Judo, - com a prestimosa colaboração da Secção de Judocas do F. C. do Porto, - Futebol de Salão, Ténis de Mesa, Futebol Feminino, etc.; mas, tudo acabou. Já não existe o entusiasmo, nem o espírito de participação. Hoje, é a Escola "EB/2 e 3/Secundaria" de Mondim, que faz ali as suas aulas de educação física e pouco mais, sobrando o restante tempo de ocupação para o entretenimento de alguns grupos, na sua grande maioria de fora do concelho, que alugam o espaço à Câmara Municipal, para ali irem dar alguns chutos na bola.
Que modalidade desportiva, desejamos para os nossos filhos? É a pergunta em que temos alguma dificuldade em responder. Mondim, tem todas as condições para o exercício desportivo, seja em que modalidade for.
Tem um bom Estádio, que embora propriedade do Município, está cedido ao Mondinense, por um período de cinquenta anos, cujo protocolo, - se não for renovado - termina no ano de 2034; um Pavilhão Gimnodesportivo; vários recintos polivalentes ao ar livre, onde se podem também praticar todo o tipo de desportos; uma Piscina Pública, na Zona Verde, integrada numa zona de lazer, que é a verdadeira jóia do Município.
Então o que e que falta?
Ainda faz falta alguma coisa. Senão vejamos:
Criatividade, colaboração, disponibilidade, incentivos populares, apoios familiares e fundamentalmente gosto pelo desporto, onde se encontram?
Há que destacar aqui, o único instrumento activo que tem sobressaído em prol da juventude, com a criação de "Escolinhas de Futebol", pela mão do Prof. Domingos Duarte, cujo êxito é uma realidade.
Mondinenses não gastem o tempo com lamúrias, que não levam a nada.
Sigam em frente."

É difícil não concordar com o artigo quanto á falta de iniciativas desportivas no nosso concelho, logo, o mesmo se aplica á dinamização dos espaços desportivos.
A dada altura do artigo, fico com a sensação, que autor aborda a atitude da Câmara em relação ao Pavilhão, como se, a parte da Autarquia estivesse cumprida.
Não é tanto a opinião do autor que interessa aqui discutir, mas sim a responsabilidade da Autarquia na dinamização dos diversos espaços por ela construídos.

Deve a Câmara Municipal ser o grande responsável pela sua dinamização?
Ou a sua missão termina na altura em que se concluí a obra?