Não bastasse Fridão, teremos também que "levar" com a Barragem de Gouvães, que será instalada no Rio Torno, em Vila Pouca de Aguiar.
No entanto, esta barragem será "alimentada" por três outras barragens, instaladas nos rios Viduedo, Alvadia e Olo, que através de um circuito hidráulico, desviarão a água para a Barragem de Gouvães, onde estará instalada a central de produção de energia.
Multiplicam-se agora as notícias que atestam o fim da maior queda de portuguesa: as Fisgas de Ermelo.
Tal como no caso de Fridão, também aqui, os alertas não surtiram qualquer tipo de efeito. Reinou a descrença. Talvez agora com as bombas lançadas nas RTP, nas LUSA ou nos IOL a informação mereça outro crédito. Pena que de lá até cá, alguns meses tenham passado.
Por razões de afinidade ao rio Tâmega, que sempre foi a minha praia de eleição, muito me custa "engolir" a Barragem de Fridão. Mas de olhos no futuro do nosso concelho, (o futuro é o turismo não é?), acredito ser possível ultrapassar os prejuízos que advêm desta primeira obra.
O mesmo não posso afirmar em relação ao impacto do desvio da água do rio Olo. Acredito seriamente que a importância do rio Olo no futuro de um Mondim direccionado ao Turismo vai muito além das Fisgas de Ermelo. Será uma ancora para um Turismo activo, de lazer em contacto com a Natureza.
Artigos sobre o assunto:
- RTP
- IOL Diário
- Esquerda
- Público
quarta-feira, setembro 10, 2008
segunda-feira, setembro 08, 2008
Programa Nacional de Barragens: Fridão
Continua difícil de perceber a aceitação que a construção da Barragem de Fridão continua a ter na nossa comunidade. O filme acima, é o registo de uma imagem, que qualquer mondinense atento, tem a possibilidade de visualizar quando faz a viagem Porto-Mondim pela A4, logo depois de passar a portagem de Amarante.
Barragem é sinónimo de alteração positiva na paisagem. Pisões, Alqueva, entre outros, são os exemplos a que nos agarramos, sem admitir as diferenças biológicas, geológicas e geográficas que farão desta barragem algo completamente distinto. Toda a informação que aponte para os impactos negativos desta obra para o nosso concelho, que ultrapassem a questão do nevoeiro, são vistos como boatos.
Aos alertas lançados, continuamos a reagir com uma típica atitude, "esperar para ver", mesmo que os sinais sejam de todo inequívocos. O Projecto Programa refere a elevada probabilidade do fenómeno de eutrofização (tal como se vê no vídeo) acontecer na bacia de Fridão. Probabilidade transformada em certeza, quando poucos quilómetros a jusante, em condições tudo idênticas às nossas o fenómeno é uma realidade.
Não sou propriamente contra a construção de uma barragem que, ao que tudo indica, serve em grande medida os interesses nacionais (mesmo este ponto é colocado em causa num artigo recente). No entanto, entendo que Mondim deve assumir uma postura de sacrificado em prol deste interesse exigindo ser reconhecido (recompensado) pelos danos que vai certamente sofrer.
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