Mondim e as suas "sedes" de freguesia
Com a inauguração do novo espaço (remodelado) da Junta de Freguesia de Mondim de Basto, passamos a ter, para além deste, três outros espaços de gestão de 3 freguesias, em Mondim Basto. Parece um enigma, mas não é! O «Quiosque Martins» tem uma afluência maior, dos cidadãos de Mondim de Basto, que o novo espaço inaugurado. A ?Auto Machado? recebe, também, uma grande parte dos vindos da freguesia de Atei. O «Stand Auto Stop» recebe os de Vilar de Ferreiros. Não quero com isto ferir sensibilidades de ninguém, muitos menos os Presidentes de Junta em causa, pois são vítimas do sistema e, em particular, pelos dois primeiros tenho estima pessoal. Pretendo, apenas, alertar os cidadãos de que, hoje em dia, o serviço público não pode nem deve ser exercido ou solicitado nos cafés, na rua ou demais locais. Existem locais próprios, com condições para tal, e a responsabilidade de um Presidente de Junta, não se remete à simples simpatia de rua ou de ocasião, de que o cidadão tanto gosta, mas, sim, à execução, com as limitações que possuem, de obras e resolução de problemas. Mudam-se os tempos e as exigências também. Considero, ainda, que um aspecto a melhorar, para além da postura dos próprios cidadãos, em que me incluo também, é a remuneração àqueles, vergonhosa para o trabalho que executam. Exigimo-lhes cada vez mais e remuneramo-los com trocos. Temos vários Deputados da República que trabalham, significativamente, menos que estes e que são pagos a peso de ouro, pela gravata e fato de ocasião.
Hoje, os Presidentes de Junta são gestores quase a tempo inteiro, mesmo nas freguesias mais pequenas, pois estas, pelo seu tamanho, não significa que tenham menos problemas, menos solicitações. E não nos esqueçamos, também, que estes homens têm emprego e vida pessoal.
Fica o alerta, para que todos ganhemos com isto. Profissionalismo na gestão e decisão significa melhoria da qualidade de vida para todos. O tempo dos sorrisos já lá vai. Hoje, estes homens quase não têm tempo para rir, e, se o têm, é porque não executam nem decidem.
Deixemo-los trabalhar, mas crie-se condições, para que o seu trabalho seja facilitado, para o bem de todos.