O Índice Concelhio de Qualidade de Vida, elaborado pelo Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social daquela universidade, coloca nas últimas posições os concelhos de Vinhais e Sabugal, no Norte e Centro do país.
O índice baseia-se no anuário estatístico de 2004 do Instituto Nacional de Estatística sobre o qual foi aplicada «uma metodologia original e inovadora», segundo Pires Manso, professor catedrático da UBI e responsável pelo ODES, autor do trabalho juntamente com Nuno Simões, técnico do Observatório.
«O índice tem em conta centenas de variáveis quantitativas, como o Produto Interno Bruto (PIB) ou o consumo, e variáveis qualitativas como a disponibilidade de bens culturais e outros de difícil medição», explica.
Através de «técnicas estatísticas mais simples e outras mais elaboradas, como as multivariadas, caso da análise factorial», o índice avalia cada concelho em três factores: educação e mercado de emprego; infra-estruturas; ambiente económico e habitacional.
Lisboa lidera a tabela com um Indicador de Qualidade de Vida (IQV) de 205,07 pontos enquanto Sabugal (Guarda) ocupa a última posição (278ª) com um IQV de 5,29.
«Da análise do ranking, e começando pelo topo, é de realçar a posição dos municípios de área da Grande Lisboa e os do Algarve, que ocupam, no seu conjunto, 14 das primeiras 20 posições da lista ordenada», destaca Pires Manso.
«Surgem igualmente bem classificados», no grupo dos 20 primeiros, «os municípios de São João da Madeira (3º) e Porto (4º), ambos na região Norte, os municípios de Aveiro (10º), Coimbra (15º) e Marinha Grande (16º), na região Centro, e Sines (20º), o município melhor representado do Alentejo», sublinha.
«Olhando para fundo do ranking, a grande conclusão que se tira é que os últimos lugares são maioritariamente ocupados por municípios do Norte e Centro do país: dos últimos 50 lugares, 43 pertencem a municípios destas duas regiões», acrescenta o investigador.
Para além do ranking, Pires Manso coloca a ênfase do trabalho no facto de mostrar «como é importante a selecção dos indicadores quando se pretende medir a qualidade de vida. Apesar dos resultados, no geral ,não diferirem muito do esperado, permitem detectar casos particulares de sucesso».
Os primeiros 20 classificados por IQV: Lisboa 205,07; Albufeira 181,04; São João da Madeira 168,57; Porto 161,05; Sintra 158,73; Lagos 158,51; Cascais 148,57; Lagoa 143,95; Vila Franca de Xira 142,82; Aveiro 142,81; Loulé 141,43; Portimão 140,04; Oeiras 135,78; Faro 134,13; Coimbra 133,45; Marinha Grande 131,56; Vila Real de Santo António 130,86; Amadora 130,32; Palmela 128,77; Sines 128,65.
Os últimos 20 classificados por IQV: Murça 32,55; Figueira de Castelo Rodrigo 31,71; Penedono 30,35; Idanha-a-Nova 30,16; Mondim de Basto 28,97; Cinfães 28,42; Vila Flor 27,98; Carrazeda de Ansiães 27,46; Valpaços 26,56; Vila Nova de Foz Côa 25,09; Alcoutim 23,56; Penamacor 21,89; Boticas 19,34; Terras de Bouro 18,33; Aguiar da Beira 14,97; Penalva do Castelo 14,43; Pampilhosa da Serra 13,69; Resende 12,72; Vinhais 5,32; Sabugal 5,29.
Mensagens
6 comentários:
Não é concerteza uma boa notícia, mas também não é propriamente uma "novidade".
Ao lê-la não deixei de reparar que, na lista dos 20 últimos, não somos sequer acompanhados por qualquer dos outros 3 municípios de Basto.
Apesar de tudo, reflectindo,ocorreu-me parafrasear JF Kennedy: "Não perguntes o que Mondim poderá fazer por ti; pergunta antes, o que poderás fazer por Mondim"...
Claro que terão que ser os Mondinenses a fazer alguma coisa por Mondim e não ficar à espera que outros o façam por eles.
Terão que ser os Mondinenses a olhar pela sua terra. Terão que ser eles a fazer com que Mondim, terra cheia de encantos deixe a cauda dos concelhos com pior qualidade de vida. Terão que lutar todos juntos e deixarem de andar às turras por causas menores. Terão que fazer com que Mondim ocupe o lugar que merece. Posso deixar algumas dicas sobre questões que incomodam quem passa por Mondim :
1.- Porque Mondim não tem um acesso rodoviário condigno ? É o único concelho da região de Basto que não tem acesso directo à auto estrada.
2.- Porque Mondim não tira partido do facto de pertencer ao Parque Natural do Alvão ? Fala-se sempre em Vila Real quando as zonas mais interessantes do Parque pertencem ao concelho de Mondim.
3.- Quando vai a população de Mondim vai acordar e dizer "basta" ao atentado que estão a fazer no Monte Farinha, marca do concelho, única referência do concelho reconhecida a nível nacional ? Será que as mais valias da extracção do granito, que só beneficia meia dúzia de pessoas compensam a menos valia que a mesma extracção provoca ? É falso dizer que a extracção do granito dá emprego a 10% da população. Basta fazer contas. E quantas empresas são de Mondim ? E quantos empregados não são de Mondim ? E quanto se perde por se estar a degradar a paisagem ? Acordem Mondinenses. Não matem a vossa galinha de ovos de oiro.
4.- Para quando uma gestão concelhia do potencial florestal de Mondim ? Continuamos a ver gastar o dinheiro em projectinhos. Uma gestão florestal feita por uma entidade de âmbito concelhio teria uma capacidade muito maior e com outra capacidade para executar projectos. Deixem de pensar " pequeno ".
5.- Não percam tempo a dizer mal da Câmara, das Juntas de Freguesias, dos Conselhos Directivos. Em todas estas instituições existem pessoas capazes. Há que junta-las e todas juntas conseguirão colocar Mondim fora da cauda dos mais desfavorecidos.
Mondim, terra cheia de encantos, merece que olhem por ela. Unam-se e lutem por aquilo que é vosso. Não se deixem enganar e levar por quem apenas quer o seu interesse salvaguardado. Uma terra só é grande se o seu povo também o for.
Um abraço fraterno o todos os Mondinenses.
concordo plenamente com este senhor "ANONIMO", em mondim so se vê futebol!!!
Por onde passo em trabalho costumo referir sempre este tipo de discurso...pricipalmente no centro e norte interior.
Para chegar aos dinheiros essenciais para o desenvolvimento há-que mudar as mentalidades mesquinhas de uma região...não é só esperar por subsídios para gastar em casas, barcos ou outras luxúrias.
Tem que se crer para ver e não o contrário.
Como cidadão Mondinense, acho que quem terá que fazer alguma coisa é justamente a Camâra Municipal. Eles tem o puder e não o fazem, nós (povo) que não temos nada é que vamos conseguir algo?
Desculpem-me meus caros mas isto tudo é falta de civismo.
Celorico,Cabeceiras têm acessos, e cada vez evoluem mais, pouco mas evoluem....Só Mondim é que não tem jeitos de andar para a frente...
MONTE FARINHA, DÁ PENA, SOU MONDINENSE, E FICO REALMENTE MUITO TRISTE QUE ALGUNS POLITICOS ANDEM PREOCUPADOS PARA NÃO SE FAZER ABARRAGEM DO FRIDÃO, QUANDO TEMOS UM CENÁRIO COM O MONTE FARINHA NESTE ESTADO. A BARRAGEM DO FRIDÃO É BEM VINDA. VIVA A EDP QUE QUER FAZER ALGO POR MONDIM.
Enviar um comentário