quinta-feira, janeiro 28, 2010

Barragem de Fridão - Estudo de Impacte Ambiental

O resumo não técnico pretende "de uma forma simples e concisa, apresentar as informações, conclusões e recomendações de maior relevo do relatório técnico do Estudo de Impacte Ambiental".

Uma das novidades (para mim!) foi a construção da barragem de Jusante, por forma a minimizar os impactes negativos na cidade de Amarante.


É assumido de forma clara que a qualidade da água do rio Tâmega,  tem alguns "problemas de contaminação bacteriológica" e que existe abastecimento de água por águas superficiais junto à foz do rio Cabril e apenas uma estação de tratamento de águas residuais.

No nosso Concelho, a albufeira da barragem de Fridão vai afectar directamente três freguesias: Atei, Mondim de Basto e Paradança.

Confesso que fiquei muito desiludido com as contrapartidas dadas pela entidade promotora do empreendimento.

A EDP tem que assumir claramente e o Concelho deve exigir um conjunto de infraestruturas e compromissos futuros que permitam fazer face às restrições orçamentais que um Concelho como o nosso tem. Uma nova sede para os Tamecanos, Nova Pista de Pesca, Saneamento, um novo Eixo viário que ligue Mondim por Paradança até a Amarante, aproveitando o coroamento das duas barragens a construir (Fridão e Jusante).

Estes Senhores de Lisboa são peritos em não cumprir os acordos assumidos! Esse é o meu maior receio.

Sou a favor da construção da Barragem, mas não confio é que todas as contrapartidas e acções minimizadoras sejam cumpridas.

10 comentários:

Anónimo disse...

É com enorme tristeza que constato que o autor deste post é a favor da construção da barragem. Se a mesma vier a ser construída os seus defensores serão responsáveis morais do afundamento total de Mondim de Basto: ficamos rodeados de água impura por todos os lados excepto pelo da Sra. da Graça o que acarreta consequências gravísssimas para o ambiente.

José Augusto disse...

Verdes querem suspender barragens
Ambiente
O Bloco de Esquerda e os Verdes pediram ontem, no Parlamento, a suspensão do Programa Nacional de Barragens e a exclusão das infra-estruturas previstas para o Tua e Fridão, apontando a falta de estudos sobre os impactos cumulativos. “ O estudo de avaliação ambiental estratégica foi manipulado e baseia-se em dados desactualizados”, afirmou Heloísa Apolónia, aludindo a um estudo da Comissão Europeia que corrobora as críticas que têm sido feitas ao Programa Nacional de Barragens.
“Não foi estudado o efeito cumulativo das barragens que já estão construídas com as previstas neste programa e as avaliações de impacte ambiental que estão a ser feitas a cada uma das barragens estão a revelar impactes ambientais, socioeconómicos e sociais muitíssimo superiores ao que se previa”, explicou.
Artigo publicado no JN de 28-01-2010, pág. 14

Anónimo disse...

Não podemos ter tudo.
Temos de ponderar, prós e contras.
Agora coroar como primeira contrapartida viária a reentrada em amarante por paradnça, é no mínimo, falta de atenção ás saídas e contribuição económica para mondim. Ou será que quer mandar para outras bandas atei e cerva!...e a ligação á A 7 via arco?!....

Anónimo disse...

Parabéns ao Miguel Borges pela coragem e clareza que assumiu na defesa da construção da barragem.
Se analisarmos a a postura dos 3 partidos relativamente a este assunto, o que concluímos?
- O PS e Humberto Cerqueira, estão aparentemente a favor da barragem desde que daí venham contrapartidas positivas ao desenvolvimento do concelho. Parece-me uma atitude positiva e inteligente dado que a vinda da barragem é um dado adquirido.
O PSD não manifestou ainda qualquer posição nem a favor nem contra a barragem. Francisco ribeiro enquanto vereador nunca tomou nenhuma posição.
O CDS está aparentemente contra a barragem. Lúcio Machado (como já vem sendo habitual) não se manifesta. Fernando Gomes é um activista antibarragem.Promoveu e vai promover várias iniciativas anti-barragem. O Presidente da junta com estas posições estará a defender os interesses da freguesia? Ou pelo contrário confunde as suas posições pessoais enquanto cidadão com o cargo que desempenha?O tempo dirá...

Anónimo disse...

O meu problema é ainda não ter formado opinião…

É este se calhar o principal problema de muitos mondinenses. Ainda ninguém de uma forma isenta e responsável nos esclareceu sobre as mais e menos valias que a Albufeira do Fridão pode trazer a Mondim e ao vale do Tâmega.
Como nos esclareceram sobre qualidade da água, a paisagem, o património, o uso dos solos, os efeitos sobre a fauna, a flora, os ecossistemas, a qualidade do ar, que alterações irá sofrer este microclima do vale do Tâmega?
Assistimos até hoje a duas coisas, a EDP que defende os seus interesses e dos seus accionistas a vender e bem o seu projecto, e uma suposta oposição e defesa feita de uma forma “atabalhoada” e não técnica sobre o assunto.
Assistimos na última Assembleia de Freguesia a uma discussão que em nada veio esclarecer as minhas dúvidas. Pensava eu que pela primeira vez iria ouvir um ou mais técnicos isentos, rebater o “Estudo de Impacte Ambiental”, em todas as suas vertentes e no que ele tem de verdadeiro ou falso. Confesso que tenho alguma duvida se este estudo é isento ou não, partimos normalmente da premissa que fazemos as coisas de acordo com os interesses de quem nos paga, mas não podemos ter esta questão como regra geral.
Assisti porém a uns discursos inflamados a saudosistas, um deles ultrapassando as regras da boa educação, sobre o rio, a paisagem, as terras, as gentes…! E até hoje onde esteve o rio, a paisagem, as terras, as gentes…? Quem destrui as açudes do rio?; Quem destrui os pontos de areia das margens do rio?; Que destrui a sua fauna com a pesca ilegal?; Quem destrui a qualidade das suas águas com as descargas de esgotos?; - Onde estávamos nessa altura? – Como defendemos o rio nessa ocasião?

Esclareçam-me tecnicamente para eu ter opinião.

Portanto Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia procure mais os meios isentos e com competências para esclarecer os Mondinenses, do que provocar a intriga entre eles. Com afirmações destas “…A forma como o dito comentário é apresentado, na minha opinião, parece-se mais com uma encomenda de alguém, …”, o Sr. que disse ter-se envergonhado dos resultados eleitorais que teve, vai um dia envergonhar-se do que escreve.

António Sêca

Anónimo disse...

Sr. António Sêca
Sobre a questão da barragem de Fridão, para mim era muito mais cómodo fazer como o Sr. e outros fazem: estar calado. As posições que tomo, são pessoais e não pretendo lançar, como diz, a intriga entre os mondinenses. Na referida reunião não me pronunciei, embora pudesse tê-lo feito, porque a minha função era coordenar os trabalhos e dar a palavra aos presentes. Sobre as questões relativas à destruição de açudes, pontos de areia fauna etc., não posso responder porque a minha responsabilidade foi (era) no mínimo semelhante à sua; isto é nenhuma, ou, apenas igual à de qualquer cidadão. Aliás o Sr. tinha mais porque foi membro do executivo da Junta durante 4 anos. O acesso que tenho à informação, é o mesmo que o seu: site do Ministério do Ambiente, Associações Ambientais, posições assumidas pelos grupos parlamentares da Assembleia da Republica e, EIA - estudo de impacto ambiental, presente nas juntas de freguesia e Câmara Municipal. As minhas posições não pretendem obter algum protagonismo pessoal nem a defesa táctica de algum favorecimento político por alinhar ou não com alguém. Se a defesa da não construção da barragem é atabalhoada, não me diz respeito porque não faço parte de algum grupo nem fui convidado para participar. Mas, do ponto de vista cívico, penso, é melhor dizer o que nos vai na alma que ficar calados.
Quanto à questão das eleições autárquicas, era melhor nem falar porque, não fui eu que criei expectativas elevadas. Numa altura em que era difícil, não abandonei, como outros o fizeram, as minhas convicções pessoais, e não aderi tacticamente a candidaturas que me poderiam favorecer; aliás até fui aconselhado por amigos para não o fazer. Ao contrário de outros, durante a minha vida apenas procurei servir da melhor forma que sabia a minha terra. O Sr. sob anonimato, nos blogues,já me insultou muito mais do que devia. Respeite-me e deixe-me em paz porque nunca lhe tirei o pão da boca nem o tratei mal; pelo contrário, acolhi-o, vindo do CDS, com muito respeito e consideração carregando-o, por vezes, às costas. Lembra-se? Lamento que não tenha consideração e outra postura. Nunca afirmei nada sem uma ponderação prévia. Admito que noutro contexto e noutra ocasião possa pensar de forma diferente. Quanto às minhas afirmações, não se incomode comigo; sou suficiente adulto para responder por mim próprio. Na resposta que foi dada pelo Sr. visado pelo meu artigo, fui muito mais ofendido mas nem por isso deixei de, publicamente, lhe pedir desculpa porque não foi minha intenção ofendê-lo mas sim defender o que entendo, conscientemente, ser melhor para Mondim de Basto.
José Augusto Gonçalves

Anónimo disse...

BARRAGEM
Ainda não entendi porque não querem a Barragem, olhem á vossa volta e vejam o que cresceu os Concelhos, Vilas, Aldeias, onde estão Lagoas, Barragens, agora sim se continuarem a ser porcos como ate agora, a deitarem esgotos, lixo, animais nos rios, toda a merda para o mesmo, claro está que vamos ter porcaria, mas como não entendem mais, so querem deitar abaixo, o que sera um grande beneficio para o concelho, se não vejm as indeminizações, vão mexer com muita coisa, as terras vão ser vendidas para construção, vamos mas de certeza ter muito mais turismo, vai ser sem dúvida uma mais valia para o Concelho, parem e pensem um pouco, que mal vai trazer, digam, mas não se agarrem a coisas mesquinhas sem importancia, pensem o que vamos ganhar e não venham com os cheiros, com o nevoeiro,com humidades, isso é só falta de cultura., e ainda exite pessoas que querem protagonismo com a sua ignorancia por não aceitarem o que tem muito mas muito valor para o concelho., peçam a vossa transferencia para outro Concelho.
Não queremos Mondinenses destes.Nós queremos crescer, sou um jovem e a politica, só serve para ter bons carros, boas casas, bons caminhos, etc, isto é tem sido para todos os que la estão e vai continuar, com estes.
Eu quero que mondim arranque, de onde esta, se destaque dos outros Concelhos, pelo menos.
Quanto a Barragens gostaria de ter uns campos junto ao rio, seria uma maravilha vos digo.
Adeus

Carlos Leite disse...

Caro Rui Borges, percebo a sua preocupação relativamente a este novo empreendimento em que está "a favor da Barragem mas..." O problema dele é mesmo esse , o mas, ou melhor os mas.
Não esperemos que a EDP ou o Estado Português salvaguarde agora as nossas especificidades e cumpra o prometido, quando até agora nunca o cumpriu. Fechou-se a linha do Tamega em troca da Variante que ainda não chegou...acho que não deveriamos dar nenhuma nota de credito, a quem não cumpriu promessas anteriores.

Uma das grandes desvantagens do ponto de situação em que nos encontramos é o de estarmos a olhar para uma proposta de “futuro” como a barragem, como forma de reivindicar promessas não cumpridas do passado. É este o ponto de partida, e ao fim ficaremos de novo atrás, e ficaremos muito debilitados pela barragem, pois pedimos a finalização da Variante do Tâmega, pedimos novas acessibilidades, que deviam estar garantidos no inicio das discussões, e perdemos o tempo de reivindicar um plano estratégico para potenciar e enfatizar alguma vantagem que possa advir da barragem...

Que terra ambicionamos depois da barragem estar consumada. Permitiremos que a EDP não permita construções a menos de 500 m em redor da albufeira. Deixaremos que encham a albufeira sem um arranjo paisagístico minimamente decente na envolvente, complementado por percursos pedonais e outras áreas de Lazer? Será que a nova ponte que liga Veade a Mondim vai ser mais um mamarracho à imagem dos viadutos da auto estradas ?

Nunca se falou e debateu ainda a Brragem de Fridão como factor dinamizador e potenciador da economia da região.

Bem Haja

Carlos Leite

www.pensarbasto.blogspot.com

Anónimo disse...

Fernando Gomes é o único político que se tem batido contra a barragem de Fridão.
Na assembleia municipal é o único a bater-se contra os socialistas.Ém o político mais aguerrido. Se a direita quiser ganhar as eleições em 2013 só tem uma escolha: Fernando Gomes.

Anónimo disse...

Olhem sinceramente ainda não descobri nenhuma mais valia a vinda da "barragem".
Dou o meu voto de Confiança ao Fernando Gomes, dos poucos que se têm batido contra a barragem.
Aponto um fracasso ao trabalho do PS contra esta iniciativa.