terça-feira, janeiro 17, 2006

Mondim apresenta a pior média no Exame Nacional de Matemática do 9º Ano

Este é o artigo que podemos encontrar no jornal Público de 17 JAN 2006.

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Já se sabia que 71 por cento dos 85 mil alunos do 9.º ano que estrearam, em Junho passado, o exame nacional de Matemática tinham tido negativa na prova. Mas a análise aos resultados por região vai mais longe e mostra agora que nenhum concelho do país conseguiu registar média superior a 2,66 (numa escala de 1 a 5).
Os dados constam do relatório do Júri Nacional de Exames (JNE), que analisa a forma como decorreu todo o processo relativo às provas nacionais do 9.º e do 12.º (e que implicou a realização, em Junho, de mais de 600 mil exames) e os resultados obtidos.
E o que o documento revela é que a média nacional no exame de Matemática do 9.º ano ficou-se pelos 2,2 valores. Os resultados mais baixos localizam-se na Madeira (1,97), em todos os distritos a Sul do Tejo e ainda Guarda e Braga.
Na faixa litoral entre Lisboa e Aveiro concentram-se os distritos onde o desempenho dos alunos foi melhor. O problema é que mesmo nas regiões que poderiam beneficiar do facto de terem indicadores sócio-económicos superiores os resultados continuam a ser globalmente fracos.
Basta ver que o distrito onde as notas foram melhores - Coimbra - fica-se por uma média de 2,41 valores. Restringindo a análise ao nível dos concelhos, constata-se de igual forma que a prestação mais positiva cifrou-se em 2,66 valores de média, obtidos em Arruda dos Vinhos, distrito de Lisboa.

92 concelhos com média inferior a 2 valores

O pior resultado foi registado no concelho de Mondim de Basto (Vila Real). Os alunos que aí prestaram provas não foram além de 1,49 de média. Ao todo, entre os 285 concelhos contabilizados (excluem-se os Açores, já que não se realizaram aí exames do 9.º ano), 92 apresentaram médias inferiores a 2 valores.
Outra das conclusões realçadas pelo JNE prende-se com a "grande discrepância" entre a média obtida nos exames nacionais e a média de frequência. Por outras palavras, e tal como acontece no 12.º ano, os alunos têm classificações substancialmente melhores na avaliação que é feita ao longo do ano pelos professores da escola do que na avaliação externa. Assim, se a média no exame se fica pelos 2,2 , já a média das notas atribuídas no 3.º período sobe para os 3,1. O número de concelhos com uma classificação de frequência positiva sobe para os 175. Recorde-se que, por se tratar do primeiro ano de aplicação dos exames, a nota contou apenas 25 por cento (e não 30 por cento, como inicialmente previsto) no cálculo da classificação final da disciplina. Para este ano, a questão está ainda em aberto, mas é provável que a tutela mantenha o peso de 25 por cento. "Enquanto não forem conhecidas as conclusões do trabalho de reflexão interna nas escolas, alterar a ponderação serviria apenas para punir indevidamente os alunos", explica fonte do Ministério da Educação. Em relação à prova de Língua Portuguesa, os resultados são substancialmente melhores. A média no exame nacional cifrou-se nos 3 valores, tanto quando a média na classificação final. Ainda assim, em mais de metade dos concelhos (155), os resultados ficaram abaixo dos 3 valores. Porto Moniz (Madeira), Crato (Portalegre), Vila Viçosa (Évora), Vimioso (Bragança) ou Coimbra tiveram as melhores prestações nos exames nacionais. "
Assim, se a média no exame se fica pelos 2,2 , já a média das notas atribuídas no 3.º período sobe para os 3,1. O número de concelhos com uma classificação de frequência positiva sobe para os 175.
Recorde-se que, por se tratar do primeiro ano de aplicação dos exames, a nota contou apenas 25 por cento (e não 30 por cento, como inicialmente previsto) no cálculo da classificação final da disciplina. Para este ano, a questão está ainda em aberto, mas é provável que a tutela mantenha o peso de 25 por cento. "Enquanto não forem conhecidas as conclusões do trabalho de reflexão interna nas escolas, alterar a ponderação serviria apenas para punir indevidamente os alunos", explica fonte do Ministério da Educação.
Em relação à prova de Língua Portuguesa, os resultados são substancialmente melhores. A média no exame nacional cifrou-se nos 3 valores, tanto quando a média na classificação final.
Ainda assim, em mais de metade dos concelhos (155), os resultados ficaram abaixo dos 3 valores. Porto Moniz (Madeira), Crato (Portalegre), Vila Viçosa (Évora), Vimioso (Bragança) ou Coimbra tiveram as melhores prestações nos exames nacionais.

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10 comentários:

AtoMo disse...

Há meses estavamos aqui todos contentes com a classificação da nossa Escola Secundária, hoje já não é bem assim.

Olhando para os mapas das médias disponibilizados pelo Juri Nacional de Exames, há um "pormenor", quanto a mim, bastante importante.
Quem já consultou os mapas pode reparar que neles constam a média dos exames e a média da nota de frequência. Ora se a média da nota do exame de matemática é a pior 1,49, sendo que a média nacional é 2,20, o mesmo não se pode dizer da média da nota de frequencia nesta mesma disciplina, 3,00, sendo a média nacional 3,10. A nível nacional a diferença entre a média do exame e a frequencia fica pelos 0,90, enquanto que no nosso concelho ela passa para 1,51. Isto pode indiciar pouca exigência e uma avaliação sobrevalorizada. O mesmo podemos encontrar na disciplina de português. Penso que este é um dado a ter em conta para os responsáveis da nossa escola.

AtoMo disse...

Tá boa Pedra Alta!!! A mesma análise... ficam os dois para reforçar a ideia!

Anónimo disse...

Ñ me vou alongar muito neste assunto...só critico a posição dos professores do concelho executivo da secundária de Mondim de Basto no facto de serem negligentes neste aspecto...!Quem foi à ultima assembleia ordinária teve o prazer de ouvir a professora Marilia a precaver esta situação!

No que diz respeito a um velho assunto vou ser um pouco irónico...isto foram influências do prof. humberto, ele queria deixar bem claro que em mondim afinal eram todos mesmo alunos de segunda, ou melhor 1,49...!

Por favor, os professores sempre foram uma classe priveligiada tá na hora de serem responsabilizados pelos seus actos...!Surge de novo o tema da formação e informação...ainda acham que devemos ver mais televisão?!

Abraço
LG

AtoMo disse...

Boas,

nem todos foram à assembleia ordinária. Podias dizer-nos de que forma é que a Prof. Marília precaveu a assembleia desta situação?

Obrigado.

Anónimo disse...

Quem precisa da matemática quando se pode ingressar na JSD e ver televisão?

Anónimo disse...

Desconfio que o MIT quer criar uma parceria com a escola de Mondim.

Anónimo disse...

O problema da Matemática deu-se a nivel nacional aquando a implementação dos engenheiros como professores de matemática quando estes não possuem a pedagogia necessária como um verdadeiro professor de matemática para dar aulas.E o mesmo se passou em mondim...!Hoje em dia a negligencia provocada pelos directores da escola, pouco preocupados com os alunos mas sim preocupados com o resultado das suas próprias classificações nas eleições autarquicas.Foi dito em assembleia ordinária que a esola precisava de uma melhor gerencia dos recursos humanos e fisicos da mesma para não promover o crescente desinteresse e mau ensino dos alunos!

Eu sempre disse que os professores se deveriam manter em actualização e formação constante para o bem da educação!Mas continuar a passar alunos só para eles acabarem o 9º ano é o que dá...!

E caro anónimo 23 Janeiro, 2006 23:10, acho que já discutimos o assunto da escolaridade da jsd...!Mas se quiser um debate pessoal comigo proponha...!

Abraço
LG

Anónimo disse...

A professora Marília precaveu esta situação com conhecimento de causa, pois ela é uma das grandes responsáveis directas, já que ela própria é professora de Matemática. E há anos que diagnosticou esta situação, o que a levou a fazer uma formação em Fafe. Como consequência imediata, tem dado muitas faltas na escola de Mondim, com os resultados já previsíveis, no entanto, fica a esperança, de que com os novos conhecimentos adquiridos, teremos uma melhor professora.

Um encarregado de educação, com conhecimento de causa

Anónimo disse...

Quando os professores viram as costas à Escola que lhes paga o salário para andar a fazer campanha eleitoral pelo PS... fica tudo dito. O resto são consequências.
Quando um determinado licenciado em Educação Fisica entra para a Escola de Mondim como contrapartida da candidatura na lista do PS às eleições autarquicas...fica tudo dito. O resto são consequências...

Anónimo disse...

Penso que o seu comentário serve tanto para PS como para PSD.