sexta-feira, janeiro 20, 2006

Novamente a Biomassa.

O Governo veio mais uma vez reforçar a sua aposta nas energias renováveis, destacando desta vez as centrais eléctricas a biomassa. Vejamos:

"As medidas anunciadas incluem o lançamento de um concurso para a construção de 10 a 12 centrais eléctricas a biomassa florestal."
"
Na biomassa, o investimento previsto pelo Governo é de 255 milhões de euros, estimando-se a criação de 500 a 800 empregos. As centrais poderão retirar das florestas até um milhão de toneladas de biomassa/ano, reduzindo o risco de incêndio."

JN

Em altura de campanha eleitoral Cabeceiras de Basto anunciou a construção de uma destas centrais no seu concelho. Ao que tudo indica... confirma-se.

Importa reflectir sobre as causas que nos levam a olhar paras estes investimentos, como se nada fosse connosco. O mesmo de sempre, a falta de dinamismo? Ou a falta de parceiros?

1 comentário:

AtoMo disse...

"Confesso que sou um pouco céptico relativamente a este tipo de indústrias, já que, caso não sejam devidamente fiscalizadas (o que acontece muitas vezes no nosso País) podem ser uma fonte de poluição."
Caso não sejam devidamente fiscalizadas!!! Caso contrário!!! São uma boa solução não? Será isso motivo para não avançar? Partir do princípio que vai ser mal fiscalizado?
Gostei particularmente também da contestação de Arouca. Contestam porque acreditam que atraz do benéfico aproveitamento dos resíduos florestais vem a incineração de resíduos industriais.
Parece que afinal, tirando os argumentos que acrescentão para contestar, a central propriamente dita é benéfica.

Porém, não era este o tema que gostava de ver discutido, até porque a vinda de uma central para Mondim não está sequer em causa. Importava reflectir sobre esta ùltima frase. Porque é que este tipo de investimentos, não são sequer, equacionados para Mondim?
Numa altura em ficamos a saber que 58% do nosso orçamento se destina a despesas com o pessoal, e que 60% é ilegal, parto do princípio que somos proporcionalmente uma Câmara das que mais recursos humanos dispõe. Essa opção leva-nos a concluir que proporcionalmente também, somos das que menos verbas dispõe para investir noutras àreas, como obras. Se esses recursos humanos não conseguem atrair um investimento sequer, de que forma se rentabiliza esta opção?