terça-feira, setembro 13, 2005

Património Nacional/Municipal, que solução?



Ao longo dos últimos anos algum do Património Nacional, Casas Florestais e Estações de Caminho de Ferro está a ficar degradado. Será que é admissivel, que se deixe chegar a este ponto?

O nosso Concelho, tem seguramente mais de 10 casas Florestais, em que a grande maioria está em degradação total. Alguns municípios têm adquirido estas casas, para casas de abrigo, sedes de associações juvenis e culturais, centros de dia ... etc.

Em tempos a Câmara Municipal de Mondim de Basto tentou realizar a aquisição destas estruturas, mas penso que o processo nunca foi concluído, devido às mudanças de governo que entretanto suspenderam o processo.

Será que deve ser o Município a adquirir estas Casas?

O que tencionam fazer os nossos candidatos à Câmara Municipal?

8 comentários:

Anónimo disse...

Permitam-me que corrija a Vossa afirmação quando dizem "há municipios que já adquiriram." Não é verdade. Quando muito pode ter acontecido situações muito pontuais, como julgo ter acontecido em Mondim com a casa da Sobreira - sopé da Senhora da Graça, em que o Estado terá autorizou a reconstrução para, julgo, apoio turistico.
As casas do guardas florestais há muito que são reivindicadas pelos municipios, Mondim incluido. No entanto os sucessivos governos têm adiado sempre a situação. Estou de acordo que as casas devem ser entregues a quem as recupere e uma boa parte deles deverá ser afecta ao turismo. Outras não, porque estão no centro de aglomerados populacionais e nenhum valor acrescentado apresentam para aquele fim.

Anónimo disse...

Há sempre uma desculpa para explicar que não se fez!Não posso aceitar desculpas como estas apresentadas durante uma reunião de Assembleia de Câmara, em resposta à oposição, concretamente ao Arq. João:"reconheço que nestes últimos 8 ou 4 anos não se fez nada... (e logo a desculpa:)...mas também não houve dinheiro...". Há coisas que se fazem sem dinheiro...eu explico: sem o nosso dinheiro, mas com o do Estado, da CEE, o que é preciso è muito dinamismo e teimosia junto dessas entidades, apresentação de projectos, pôr os dignos técnicos da Autarquia a trabalhar nos ditos...e o que tem acontecido? Eu respondo: - Uma clamorosa falta de dinamismo.Isto é para aludir ao comentário anterior e explicar a razão por que este Concelho parou no tempo.

Anónimo disse...

Será preciso PRECISAR quem deu esta famigerada resposta?

Anónimo disse...

Efectivamente o dinheiro não abunda. Mas é precisamente nestas alturas, que se destacam aqueles que realmente sabem trabalhar, são dinâmicos e imaginativos. Não se rendem às dificuldades, nem vivem em permanente lamúria, queixando-se que não há dinheiro. O que não há infelizmente, é capacidade para fazer obra.
É verdade que há muitos engenheiros, arquitectos, advogados, economistas contabilistas mas para que serve todos estes recursos, se nada se lhes exige, não lhes são impostos objectivos servem quase todos como moeda de troca por votos.
Alguém disse que se esta câmara fosse gerida por privados teria uma produtividade muito baixa. Não meu cara amigo, já tinha fechado portas há muito tempo. Há uma coisa que se chama competitividade, a que a maioria dos organismos públicos não estão sujeitos, mas há também outra questão importante é saber se os funcionários desta câmara tem brio no que fazem tirando honrosas excepções sabemos que não. São os próprios a dizer sem pejo nenhum nas ruas de Mondim "o que eu quero é o meu ao fim do mês"
O executivo, esse está decrépito, a resposta é sempre a mesma, não há dinheiro. (Celorico pertence a outro distrito mas não a outro país e como o seca referiu e bem lá há obra feita e a fazer-se) Mas há dinheiro para comprar carros de luxo, que serve não só o executivo, mas também os seus familiares.
Pode parecer despiciendo, o montante despendido na viatura, no orçamento geral da autarquia, mas não é bem assim, a titulo de exemplo posso vos dizer, que para a Câmara se candidatar aos fundos comunitário tem que ter 10% de capital próprio ora se a câmara pretende-se o financiamento para uma obra de 600.000,00 teria de ter 60.000,00 de capital próprio, precisamente quanto custou a viatura referida. Mas como para esses senhores Mondim já tem tudo só falta a piscina aquecida. está tudo dito.

Anónimo disse...

O comentário do XKR toca uma questão que para mim é essencial, o facto da Câmara de Mondim estar cheia de gente nova, jovens mondinenses que estão a iniciar a sua vida profissional na sua terra, no seu município, por si só razões mais que suficientes para vestir a camisola, mostrarem um real interesse pela vila, por novos projectos com qualidade para os mondinenses, são poucos os que tem a oportunidade de ter um emprego com semelhante estímulo, não se percebe porque é que não há dinamismo, criatividade, genica porra, coisas naturais nos jovens.
É preciso ideias, é preciso mexer, estar atento, são vocês aí dentro da Câmara que devem ser os primeiros a provocar a mudança de atitude, não tem nada que ver com política e cores partidárias.

Cumprimentos

AtoMo disse...

Deveriam ser os primeiros a provocar esse tipo de atitude, mas o que "transparece" é que a liderança acaba por não permitir essa mudança. Haverá muitos que já entram a saber o que vão fazer. Outros que criam expectativas e se vêm obrigados a acomodar-se porque não há consciência por parte da liderança para essas novas iniciativas. E poucos são os que nesta altura se podem dar ao "luxo" de abdicar em prol de uma realização pessoal/profissional.

A motivação e a dinâmica da Cãmara Municipal vai ser sem dúvida um grande problema no caso de haver uma mudança de lider na nossa autarquia.

Desculpem o offtopic mas o assunto é realmente interessante.
Será que os dois participantes anteriores estariam interessados em colocar um artigo sobre este tema?

Agora o post. Uma das fotos refere-se à estação de caminhos de ferro. E aí, nada a fazer, ou melhor, não vejo nenhuma forma de ultrapassar as barreiras geográficas, distritais e políticas, mesmo sabendo que a solução apontada neste momento, a ecopista, poderia beneficiar bastante Mondim. Mas Portugal tem destas coisas. É outro distrito!!!! Deixa arder!!!!

As casas florestais, depois de ultrapassado o problema das recusas do governo, que quanto a mim se devem a fata de persistencia nas revindicações, deveriam ser enquadradas num projecto de Turismo, conforme já aqui foi dito, e parece ser uma ideia de consenso. O grande potencial turístico de Mondim está nas paisagens naturais. Ocupar os turistas com estas paisagens o maior período de tempo possivel tem que ser uma preocupação. Não basta que venham a Mondim ver a Sr. da Graça e as Fisgas e partam para outra. Esse Turista "pouco" interessa. Uma boa rede de caminhos pedestres, com níveis de dificuldade bem definidos, em que as Casas de Guarda funcionassem como pontos de apoio era uma ideia.

Anónimo disse...

Flávio das 12,45.
Já adivinharam quem deu aquela resposta? - Eu ajudo: o sr Fernando Pinto, em plena Assembleia de Câmara! Para quê mais palavras?!

Anónimo disse...

Nas fotografias que ilustram este artigo parece-me vislumbrar uma da estação de caminho de ferro!
Pergunto, estando ela situada no concelho vizinho é ou não propriedade do munícipio. Se sim e uma vez que está já anunciado um projecto pela Câmara de Celorico para utilização da linha para uma ciclovia entre outras coisas, o que Mondim estará a pensar fazer para retirar partido desse investimento.
um abraço.