sexta-feira, agosto 26, 2005

A afirmação de Mondim de Basto na área do Turismo

Para quem não pode presenciar as III Jornadas da Feira da Terra, aqui deixo um documento que serviu de suporte à apresentação do orador Sr. Elísio Neves, sobre o tema que dá o título a este artigo.
Pretendo com este novo artigo, dar seguimento a uma discussão iniciada neste blogue a 14 de Julho de 2005: "Vai uma acha? "Turismo""



A. Conceitos a considerar para uma estratégia de desenvolvimento turístico

- Sendo certo que já tudo foi inventado, podemos, como diz o Prof. Ernâni Lopes, reinventar o Turismo.
- Trata-se de um sector transversal, que exige uma política que desenvova um modelo sustentado que integre como constelação os seguintes sectores: Turismo / Saúde (padrão europeu) / Segurança / Ambiente / Cultura.
- Cultura de Serviço
- Mondim de Basto, como todo o país, tem um relacionamento com forasteiros marcado pela tolerância, cultura humanista e universalista, honestidade, inteligência relacional (prazer de agradar, hospitalidade).
- Decorrente dos hábitos culturais e das excepcionais condições naturais, produzimos uma diversidade de produtos alimentares de altíssima qualidade e dominamos uma técnica, também ela qualificada, de confecção de alimentos (Portugal dispõe de uma gastronomia com identidade própria mundialmente reconhecida).

B. O que fazer?

- Inovação institucional (as autarquias deverão promover a articulação entre sectores na distribuição dos seus pelouros. cultura, ordenamento do território, ambiente, patrmónio, saúde, transportes e educação).
- Fórum regional de turismo (agentes públicos e privados).
- Qualificar e enriquecer a oferta tradicional.
- Formação (a titulo de exemplos, lembra-se que o domínio da lingua russa será um dos mais importantes factores de competitividade no curto/médio prazo e a importância de gestão de conflitos).
- A sociedade deve ajustar os seus comportamentos às exigências dos mercados e dos serviços de alto valor acrescentado.
- Secundarização do turismo de massas em benefício de um turismo selectivo.
- Apostar decididamente no turismo residencial (política que promova a criação de laços afectivos com o local de segunda habitação).

C. Resultado no médio prazo

- Envolvimento de toda a constelação de sectores como modo de assegurar a sutentabilidade estratégica da actividade.
- Resposta eficaz ao desemprego gerado na reconversão de sectores tradicionais (agricultura e indústria)
- Desenvolvimento sustentado

D. Resultado final

Pegando num pensamento do Prof Ernâni Lopes, diremos que a afirmação de Mondim de BAsto exige um processo conjunto e simultâneo (visão, estratégia, mudança de comportamentos e de modelo de desenvolvimento, programação dos investimentos e dos recursos turísticos e finalmente criação da marca "Mondim de Basto").
Em Mondim de Basto tudo é bom.

Sr. Elísio Neves

15 comentários:

Anónimo disse...

engraçado que quando um comentário não é um ataque pessoal não tenha interesse e ninguém o comente!!!
isto é o reflexo da verdadeira preocupação dos participantes com mondim...

Anónimo disse...

És muito apresado anonymous das 11.23, estas com sede a mais aguenta que também para este tema vai haver sangue que cheque. Aguarda.

Anónimo disse...

Este anônimo das 11:23, para credibilizar a usa intervenção, devia identificar-se. Não quer!!! É lá com ele(a).
Aliás, eu entendo que só deviamos responder a comentários perfeitamente identificados.
Quanto ao texto, em questão. Quem poderá comentar um documento técnico assinado pelo Sr. Elísio Neves?
Concorde-se ou discorde-se, é o ponto de vista, do autor, que é apresentado de uma forma sucinta, penso eu, mas onde se nota, claramente duas coisas:
1 - O que é dito é tipo "chapa 5" dá para Mondim ou para outro concelho qualquer;
2 - Que o autor não vive em Mondim de Basto. Conhece o concelho apenas por visitas ocasionais, e quando isso acontece levam-no, apenas onde convém. Ex: "Em Mondim de Basto tudo é bom".

Anónimo disse...

Esta coisas da hora ou a falta de tempo, origina sempre situações desagradáveis:
Como diz o povo: "Entra mosca ou sai asneira"
Onde se lê: ... para credibilizar a usa intervenção... deve ler-se: ... para credibilizar a sua intervenção...
Desculpem.

AtoMo disse...

(luís gonzaga)
Pessoalmente, acho que ignorar os comentários que não justifiquem a nossa atenção será sempre a melhor solução.

Quanto ao tema, o facto de não ser de Mondim, ou ainda o facto de ser um texto que serve para qualquer concelho, não lhe retira nem um pouco o seu valor. Quase tudo o que está escrito, tem aplicação em Mondim de Basto, no entanto, não consigo encontrar uma única medida que esteja já aplicada no nosso Município.

Decidi colocar o texto, para que todos tenhamos consciência que o executivo camarário tem o cuidado de trazer até nós oradores qualificados, com conselhos concretos, e mesmo assim, nada faz para mudar o rumo das suas políticas que continuam a ser a do "deixa andar".

Prof. Luís Gonzaga, não deixo de ficar um pouco desiludido com o seu comentário. Acho que o texto merecia ser lido de outra forma por um candidato à autarquia. A autarquia terá um papel preponderante não na afirmação, mas na inicialização de Mondim no que se refere a Turismo.

Aproveito a oportunidade para lhe perguntar:
Quais as propostas do CDS-PP para o Turismo em Mondim de Basto?
Económicamente, será ou não o Turismo a principal aposta do CDS-PP?

Aos colaboradores peço que comentem aquilo que acham ter enquadramento em Mondim de Basto.
De que forma poderíamos aplicar estas medidas?
Que outras medidas para além destas?
É certo que através de iniciativas isoladas o turismo nunca terá o impacto que se deseja. Qual a solução para este problema? Deverá ser a autarquia a tomar a iniciativa de juntar todos os agentes ou deve essa iniciativa partir dos próprios agentes?

Anónimo disse...

Só agora comento este artigo, não por achar que é de interesse mas só agora tenho disponibilidade, dado que um tema deste não pode ser comentado por comentar.

Como já foi referido este artigo é um artigo generalista e que se aplica a qualquer concelho, sim é verdade, a própria palavra turismo é universal.

Agora, o essencial é saber o que fazer para desenvolver o turismo em mondim. A partir deste artigo pode-se deveria-se fazer um trabalho de campo bem mais profundo e para o caso em concreto, ie, mondim.

É necessário saber, dentro de cada um dos tópicos apontados no artigo, o que se pode aplicar ao caso de mondim. No turismo como em outros casos, o que é necessário identificar é os recursos que mondim dispõem que poderão impulsionar o turismo. E é por aí que tem por se começar, pelos recursos que já dispõem, depois de se explorar os recursos que dispomos, devemos começar a pensar em desenvolver outras vertentes.

Agora a discussão seguinte, e que será mais importante é o que fazer, propostas concretas, para que exista um verdadeiro plano de turismo. E aí teriamos muito que falar.

Deixo aqui um exemplo, e um caso concreto que me aconteceu no ano passado, que foi o seguinte: Uns amigos meus sabendo que eu era de mondim (e como eu lhes falo muito em mondim), pediram-me para eu lhes dar uma recordação. Qual não é o meu espanto, quando percorri a vila de mondim, e não consegui um artigo regional com a menção a mondim de basto.

Não se se foi erro meu, por favor indiquem-me onde existe, é que eu ainda estou com esperança de encontrar para poder oferecer.

Assim não...
Isto são apenas coisas banais, mas que são básicas.

E se querem desenvolver um plno de turismo para mondim comecem por pensar da seguinte forma:
Convidem uns amigos vossos para passar umas férias, e depois pensem no que poderiam mostrar e fazer com esses amigos.
Agora imaginem, que visita mondim e não tem ninguém conhecido, não pode passar o tempo a tentar saber quais os locais a visitar.

A partir daqui, percebe-se a necessidade de preparar e divulgar um roteiro turistico para quem nos visita.

Não me estendendo mais, espero que estas ideias contribuam para uma discussão sobre o que se pode fazer pelo turismos em mondim.
R

Anónimo disse...

Oi, SenhoriU,
Peço desculpa, mas não seria correcto com o meu grupo, para neste espaço, que considero útil e com sentido de oportunidade, vir expôr as propostras do CDS-PP, seja em que área for, antes que o nosso programa seja discutido e aprovado.
Contudo, nós sabemos que Mondim de Basto possui potencialidades, nesta área, que são ímpares: 3 rios (Tâmega, Cabril e Olo) possui 2 locais "únicos" Sr.ª da Graça e Fisgas de Ermelo, entre outros. Logo, não será dificil elaborar um programa com uma vertende na área do turismo, excepcional. Nós sabemos o que temos, o que queremos e como devemos potenciar o nosso concelho. Aliás eu diria mais: É das principais áreas em que se deve/pode apostar para que Mondim cresça rapidamente e saia do marasmo a que há muito está sacrificado.

AtoMo disse...

(Luís Gonzaga)
Compreendo perfeitamenta. Aguardo então pelo programa.

Anónimo disse...

Estou cheio destas\ coinversas da treta. o que eu, como todos os Mondinenses querem ouvir são coisas tão concretas quanto estas, por exemplo, para as Fisgas: construir um varandim sobra as profundesas das Fisgas, de molde a que as pessoas possam com toda a segurança desfrutar daquele telúrico panoprama, e porque não um bar sazonal junto às mesmas? Meus senhores, haja um pouco de imaginação; não é preciso muito dinheoro!Abra os olhos Casa do Eiro!!

AtoMo disse...

Todos os Mondinenses? Tens assim tanta certeza?
Bem-vindo Flávio.

Achas mesmo que o turismo precisa de medidas pontuais como essa ou outras mais que te possam surgir?

Anónimo disse...

"De velho, um bom presidente... p,rós comprades"

Anónimo disse...

Participei na III Jornada sobre o Turismo na representação da Basto Radical, Lda. e, mais uma vez, fiquei desiludido e desanimado como muitos dos empresários que existem em Mondim, tanto que, quase não se encontrava nenhum dos agentes, o que a câmara de uma forma habilidosa resolveu enchendo a sala com funcionários. Isto só vem mostrar mais uma vez o fracasso dessas iniciativas e que leva os empresários perderem a confiança na aposta da autarquia.

No meu entender se querem apostar no turismo, contratem de uma vez por todas um técnico credenciado neste sector e com alguma experiência, porque não é com medidas pontuais e muito menos partindo de pessoas que nada sabem da matéria que se vai desenvolver o turismo em Mondim.

Já agora deixo a minha curta opinião. Tem que se criar um plano estrutural e a partir dai desenvolver os objectivos traçados neste projecto. Como também, os agentes já existentes no concelho e os que vierem a surgir, serem orientados de forma a poderem prestar um melhor serviço dos produtos que oferecem aos turistas.

Anónimo disse...

Olá mondinenses

Resolvi participar com o meu comentário uma vez que também estive presente nas jornadas . Essencialmente, gostaria de dizer o seguinte:

Reconheço muito valor ao Sr. Elísio Neves. Era uma figura que não conhecia, mas depressa me apercebi dos seus conhecimentos relativamente à temática em causa e também em relação ao concelho de Mondim de Basto. Afinal foi, durante muitos anos presidente da Região de Turismo do Marão;

Na minha opinião, a sua intervenção, ainda que de carácter geral, baseado num estudo recente, de grande importância, de uma outra figura da nossa actualidade, o Prof. Ernâni Lopes, tem total aplicabilidade ao nosso concelho, como suporte teórico que nos pode transpor para a realidade;

Quanto à segunda intervenção (já não me lembro do nome do orador) considero muito fraquinha e acredito que esta ideia seja partilhada, inclusive, pela própria organização;

Mas, voltando ao assunto, penso ter sido uma iniciativa a louvar, trazer este tema a discussão pública, pena é que, por um lado, a autarquia não aproveite para se lançar definitivamente numa estratégia e, por outro, a população de Mondim, sobretudo os agentes mais ligados ao sector não tenham, aderido e dado o seu contributo.

Lamento, ainda, que alguns dos agentes presentes, tenham aproveitado o momento para discutirem assuntos que pouco tinham a ver com a temática, acabando por desperdiçarem uma oportunidade para se falar abertamente do tema em causa. Aliás, este é um defeito do nosso povo. A mim parece-me pobreza de espírito. Temos mesmo necessidade de chacotear?

Neste sentido, considero precipitado e inócuo o comentário do prof. Gonzaga, uma vez que nem sequer esteve presente nas jornadas. Provavelmente não pôde, o que é compreensível, mas então, por favor, releia o texto?

Achei piada ao comentário que dizia que a Câmara encheu a sala com funcionários?Bem visto! Pelo menos fica a ideia de que estes possam estar interessados no assunto. O pior é quem manda? Será que ouviram atentamente a mensagem?
De qualquer maneira não considero nenhum fracasso. Fracasso seria não haver jornadas, não se proporcionar o momento de discussão. Fracasso é ouvir as pessoas queixarem-se na rua mas na hora de participarem nas iniciativas não aparecerem?Isto é que terá que mudar se quisermos ver Mondim a andar para a frente?

Para terminar, deixo uma opinião quanto ao desenvolvimento do turismo em Mondim: precisamos de uma nova forma de dialogar entre sector público e privado. É ver o caso da OTA e do TGV, só a partir de parcerias é que se vai a qualquer lado.

De uma forma muito simplista diria que à Autarquia cabe uma boa administração do território, que passa inevitavelmente pela valorização do património público (recursos), com necessidade de uma intervenção preponderante, ao nível das pedreiras, por exemplo, e de outros sectores não menos importantes como é o caso da saúde?Acho também que os mondinenses mereciam uma melhoria nas acessibilidades e isso também se espera da pressão e capacidade que a autarquia tem na administração central. Esse também é o seu papel.

Paralelamente, o desenvolvimento de actividades culturais que aproximem o cidadão e o visitante à tradição?Algo que nos caracterize e nos faça conhecidos?Que nos transporte além Tâmega?

Pelo lado dos privados, gostaria de ver Mondim com uma maior capacidade de resposta ao nível do alojamento. Quanto à forma de promoção e de conseguirmos atrair mais ?valias penso que uma oferta integrada que passe pela organização de pacotes específicos dirigidos a vários tipos de público alvo, poderia ser uma boa solução. Um pouco à semelhança do que se passa em alguns destinos turísticos que muitos de nós, provavelmente, já tivemos oportunidade de conhecer: quando chegamos ao hotel, temos logo um operador turístico a mostrar e vender os pacote de viagens com um determinado itinerário, que passa, por exemplo pelo restaurante X que confecciona a ementa Y , onde pode beber o Vinho Z?e assistir ao concerto do Grupo XZ?

Gostava que em Mondim isto fosse possível. Todos teríamos a ganhar.
Até breve.

Anónimo disse...

Boa noite, anônimo das 11:11.

Concordo consigo quando diz que deveriam existir mais jornadas, mas que elas passassem do papel para a práctica, já! O TREM JÁ PASSOU!

Quando a sua opinião no desenvolvimento do turismo, tudo isso resume-se a contratação de um técnico.

Quanto a sua observação sobre a intervenção dos agentes, já ai discordo. Porque fui o único agente que falei. Não aproveitei a oportunidade para chacotear, mas sim para mostrar aos senhores promotores que já ando há muito a promover a minha terra e que o meu trabalho vai de encontro as estratégias do Profº Ernâni Lopes. Quiz mostrar o meu descontentamento pelo tratamento que sempre recebi por parte deles, tratamento esse, que nunca recebi dos concelhos vizinhos.

O Profº Ernâni Lopes fala sobre o turismo residencial como local de segunda habitação. Pois bem, quando toquei no assunto do "Hotel das rás", o Dr. Elísio Neves não foi capaz de dar uma resposta, sabe porque? Por que ele fez parte de um dos orgãos deste empreendimento que tanto nos envegonha e que dá motivos para "chacotas". E se Mondim tem carências de alojamento, esses senhores da caso do eiro são os principais culpados, por falta de dinamismo e visão.

Para finalizar, recordo que só duas pessoas pediram a palavra, o Srº João Alarcão a questionar apenas sobre roteiros e um outro senhor que não conheço que quetionou se seriam os russos ou os chineses a serem a curto prazo a grande massa turística. Se voce não era nenhum destes convidados então perdeu a tal grande oportunidade para dar o seu valioso contributo - que desconheço - para MONDIM DE BASTO. A ISTO, CHAMO DE POBREZA DE PARTICIPAÇÃO NA SOCIEDADE.

Anónimo disse...

O melhor local para ficar em Mondim é o Sousa, não é?
Pelo menos a chanfana lá é muito boa. Sou um turista em Mondim e sempre fui bem acolhido na terra e tenho lá algumas amizades. Mas tb (tal como eles) já fui muitas vezes enganado em terras de Mondim. explo: Especialidade de bife na pedra com bocados de pedra, ou, bocadinhos de bife na pedra. També é engraçado ir ao gabinete de turismo.