sábado, outubro 29, 2005

Campeonato do Mundo de Orientação 2005 com jovem Mondinense

Marco Póvoa é um jovem Mondinense da Freguesia de Ermelo, que nos últimos anos tem dominado a orientação em Portugal e foi o primeiro atleta Português a participar num Campeonato do Mundo de Orientação.

Marco Póvoa (ADFA), único representante de Portugal na competição, conseguiu a classificação para as finais 'A' nas distâncias Média e Longa. É a primeira vez que um atleta Português atinge uma final 'A' num campeonato do Mundo.

Segundo uma nota de imprensa da FPO - Federação Portuguesa de Orientação:

"MARCO PÓVOA FAZ HISTÓRIA NA ORIENTAÇÃO PORTUGUESA

Foi necessário esperar pelo primeiro Mundial disputado no continente asiático para ver um português ultrapassar a fase qualificatória atingindo a Final A de um Campeonato do Mundo de Orientação.

E Marco Póvoa não fez por menos: depois de alguns anos de alta competição internacional a aproximar-se dos lugares de topo, atinge aos 29 anos o seu feito de maior destaque atingindo não apenas a Final A de Distância Média disputada domingo de manhã, mas também a Final A de Distância Longa disputada hoje (dia 8) de manhã em Aichi, no Japão.

Na Distância Média, de cada uma das 3 séries de apuramento, apenas os 15 melhores se qualificavam e Marco Póvoa esteve sempre dentro dos lugares de qualificação chegando mesmo a passar pelo 6º controle em 3º lugar, apenas atrás do francês Damian Renard que viria a vencer a série e do sueco Mats Troeng. Uma falha de 1 minuto ao 13º controle poderia ter custado o apuramento mas o avanço obtido até à altura permitiu a Marco Póvoa segurar a 11ª posição que já não viria a perder até final. De destacar que, na série do português ficou afastado da final por 17 segundos o finlandês Kim Fagerudd com duas falhas de 3 minutos cada no 4º e 5º controle. Com o habitual domínio nórdico, esta ausência é quase tão assinalável como ver o atleta português ocupar o seu lugar. De fora da final ficaram também os representantes alemão, russo, norte-americano, entre outros atletas de destaque. Marco Póvoa cumpriu os 3,8 kms do seu percurso em 32:21, mais 3:29 que o vencedor da sua série.

Na Distância Longa, os 7,8 kms com 500m de declive mostram a dureza dos percursos realizados. Marco Póvoa obteve o 13º lugar com 1:07:22, mais 7:50 do que o surpreendente jovem suíço Marc Lauenstein que venceu a série. Ao contrário da série de apuramento que o português encontrou na Distância Média, aqui encontravam-se vários dos favoritos à vitória final, como o sueco Emil Wingsted (2º), o britânico Jamie Stevenson (3º), o francês Tierry Gueorgiou (4º) ou o norueguês Holger Hott Johansen (6º). Marco Póvoa fez uma prova ainda melhor que a da véspera, apenas com cerca de 90 segundos perdidos entre o 9º e o 11º pontos de controle.

No Campeonato do Mundo de Orientação disputam-se 4 disciplinas: Distância Média, Distância Longa, Sprint e Estafetas. Marco Póvoa irá realizar 4ª feira o apuramento da disciplina de Sprint mas para já, garantiu a presença nas Finais de dia 11 (5ª feira) e dia 12 (6ª feira).

Mais informações disponíveis em http://woc2005.bglb.jp/online/index-en.jsp."

Podem ainda consultar outras ligações sobre o Desporto que o nosso conterrâneo pratica em:
Parabéns ao Marco Póvoa!

terça-feira, outubro 25, 2005

Ainda o Ranking das Escolas

Gostaria de contribuir com outra questão "engraçada" que este "ranking" revela:


Porque será que muitos pais, continuam a prefierir a qualidade de ensino do colégio de S. Gonçalo?
Onde erra este "ranking"? Ou será que são os pais que estão errados?

segunda-feira, outubro 24, 2005

Ranking das Escolas Secundárias

Nos últimos anos vários orgãos de Comunicação Social têm elaborado um ranking das melhores escolas secundárias do País, dos quais destaco o Jornal de Notícias e o Público. No passado sábado, dia 22 de Outubro, nas edições diárias dos referidos orgãos, estas eram acompanhadas por um suplemento com o ranking de 595 escolas secundárias de todo o País.

As avaliações são feitas de acordo com os resultados das classificações finais e dos exames nacionais do 12º ano, ressalvando que ambos os estudos não têm em conta o ambiente sócio económico em que os adolescentes se inserem.

O JN no "ranking geral teve por base a classificação final em oito disciplinas nas quais mais de 15 mil alunos fizeram exame: Biologia (102), Física (115), História (123), IDES (128), Português B (139), Psicologia (140), Química (142) e Matemática (435);".
Para o Público "apenas os alunos internos e os sete exames como maior número de inscritos a nível nacional e a ainda a prova de Português A. Esta prova é apenas a 10ª em termos de estudantes inscritos (13 020), mas obrigatória para quem frequenta o agrupamento das Humanidades. Os restantes foram Português B (67 935 inscritos), Matemática 435 (64 469), Psicologia 140 (43 836), Biologia 102 (43 881), Química 142 (35.909), História 123 (17 079) e Física 115 (16 394)"
Das escolas que a seguir apresento, Mondim é a que tem o menor número de exames nacionais, no entanto os cálculos são feitos tendo em conta valores médios das classificações.



De salientar, que no Jornal Público a Escola de Mondim no Distrito de Vila Real ocupa o 3º lugar atrás de escolas nas cidades de Chaves (Escola Secundária Fernão de Magalhães) e Vila Real (Colégio Nossa Senhora da Boavista).

Serão estes resultados, fruto do trabalho realizado entre a Câmara Municipal e o Conselho Executivo?

Fonte: Suplemento JN e Público de 22 de Outubro de 2005 (desculpem mas não consegui os links para os suplementos)

Intermunicipalidade - A relação com os Vizinhos.

Seguindo o concelho do Senhoriu desta casa, venho aqui lançar o desafio de todos os utilizadores deste espaço para a discussão de um tema que como quaqluer outro será mais caro auns que a a outros.
É para mim um assunto que mereçe ser debatido e até penso que poderia saír daqui uma discussão interessante e capaz de mudar algo do muito que eu julgo que devia mudar na relação de vizinhança entre estes municípios vizinhos que compõem a velha Região de Basto ou a nova e nova Região do Baixo-Tâmega, ou de Trás os Montes, ou do Minho, não me interessa o nome, interessam apenas as relações de afinidade, de cooperação e de parceria que se poderaim eventualmente desenvolver.
Sendo um tema vasto poderão ser trazidos aqui os mais diversos temas, nas mais diversas áreas. Acredito que da participação e dos relatos dos participantes surgirão concerteza opiniões, experiências vividas e posturas que ajudarão a compreender melhor a importância do desenvolvimento de relações de boa vizinhança com quem vive ao nosso lado.
Bem haja

quinta-feira, outubro 20, 2005

O que leva, também traz!

Gerou-se uma discussão "offtopic" no post "PIDDAC 2006". Tendo em conta que se trata de um tema pertinente, decidi criar um novo "post" para podermos continuar esta discussão sem prejudicar o tema inicial.

Todos os comentários relativos a este novo assunto foram eliminados e copiados para este novo artigo.

Programa de Vigilância Móvel - Brigadas Autárquicas de Voluntários

Aqui fica mais um exemplo, do bom trabalho da equipa da "Casa do Eiro", relativo à protecção da nossa floresta.

PROGRAMA DE APOIO À VIGILÂNCIA MÓVEL NOS ESPAÇOS RURAIS

Âmbito e enquadramento

A prevenção e a vigilância dos espaços rurais é de extrema importância para a preservação do património florestal.

Em complemento e reforço a outras acções de prevenção e de vigilância dos espaços rurais, com o intuito de aumentar a presença no terreno e assim a acção dissuasória, de promover a sensibilização da população rural e de contribuir, ainda, para uma eventual detecção rápida de focos de incêndio, é incentivada a criação de um Programa de Apoio à Vigilância Móvel designado por "Brigadas Autárquicas de Voluntários", a executar pelas Autarquias e assentando no voluntariado.

O programa enquadra-se no Programa de Apoios do Fundo Florestal Permanente, para o qual a Direcção-Geral dos Recursos Florestais assinou um Protocolo com o objectivo de dar execução ao referido programa.

As Brigadas Autárquicas de Voluntários funcionarão de 11 de Julho a 30 de Setembro.

Fonte: Direcção Geral de Recursos Florestais

Senhor Presidente da Câmara e Senhor Engenheiro Mendonça, porquê? Sabendo das caracteristicas do nosso Concelho em termos de fogos florestais, uma Zona de Caça Municipal que é necessário proteger, não era de todo o interesse termos uma ou duas equipas?

Algumas ligações úteis:

segunda-feira, outubro 17, 2005

PIDDAC 2006

Antes de expor quaisquer valores, será necessário perceber o que é o PIDDAC.
O PIDDAC é o Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central. Actualmente o PIDDAC é um quadro de referência sobre a Despesa Pública de Investimento da Administração Central (inclui despesas de apoio ao investimento de outros sectores institucionais através de subsídios e transferências designadamente no âmbito dos "sistemas de incentivos" e de esquemas de colaboração com entidades exteriores à Administração Central).

PIDDAC para 2006:
MONDIM DE BASTO - 43 500 Euros
CABECEIRAS DE BASTO - 176 192 Euros
CELORICO DE BASTO - 1 943 803 Euros
RIBEIRA DE PENA - 15 000 Euros

PIDDAC de 2005:
MONDIM DE BASTO - 79 000 Euros
CABECEIRAS DE BASTO - 122 800 Euros
CELORICO DE BASTO - 1 165 073 Euros
RIBEIRA DE PENA - 315 406 Euros

PIDDAC 2006 - Consulte
PIDDAC 2005 -

Mais alguns links:
Deixo os meus comentários para mais tarde!

sábado, outubro 15, 2005

Conheces o Concelho?


Após o periodo mais "quente" deste blog, volto a testar os vossos conhecimentos.

É uma das aldeias mais bonitas de Mondim, também conhecida pelo presépio.

No seu "Roteiro de Mondim de Basto", o Dr. António Borges de Castro aconselhava vivamente uma visita às Grutas: "Vale a pena ir visitar essa típica aldeia serrana, do mármore preto da mais fina qualidade (foi fornecido para o Hotel Ritz em Lisboa), onde há um cruzeiro com linhas invulgares, veêm-se rochedos e fragas escarpadas que tentam o alpinista. Mas o melhor é o mundo maravilhoso das belezas subterrâneas, as grutas parecidas com as catacumbas que atraem os entusiastas dos mistérios do subsolo, a admirar esse estranho e fantástico reino das estalactites e estalagmites. As vias de acesso e apetrechamento das grutas merecem a colaboração das entidades oficiais, pois este raro atractivo enriquece o panorama turístico nacional."

Em conclusão, Mondim não é só a Senhora da Graça e as Fisgas! De que aldeia vos falo?

PS e CDS querem repetição de eleições em Mondim de Basto

Segundo notícias postas a circular ontem, o PS e o CDS pretendem a repetição das eleições no nosso Concelho.

O PS e o CDS-PP de Mondim de Basto requereram hoje ao Tribunal Constitucional (TC) a repetição das eleições autárquicas no concelho devido a alegadas situações "ilícitas" detectadas durante o acto eleitoral.
Segundo os cabeças de lista do PS, Humberto Cerqueira, e do CDS-PP, Luís Gonzaga, as irregularidades ocorridas não foram consideradas pela Assembleia de apuramento Geral" e, por isso, pediram a repetição do acto eleitoral em todo o concelho.
Luís Gonzaga afirmou à Agência Lusa que "alguns elementos de várias mesas de voto deslocaram-se, com boletins de voto, para fora do local [de votação] para pessoas com dificuldades físicas poderem votar dentro das viaturas".
"Os eleitores idosos exerceram o direito de voto no interior do veículo , nos lugares onde se encontravam sentados, em simultâneo e sem assegurar os pre ssupostos de presencialidade e do segredo de voto", sustentou também Humberto Cerqueira.
Segundo Luís Gonzaga, apesar desta situação se ter "repetido com mais de 30 votos", a Assembleia de Apuramento Geral "entendeu que a reclamação não ser ia susceptível de influenciar o resultado, o que é totalmente falso".
Segundo o candidato democrata-cristão à câmara de Mondim de Basto, o CDS-PP não terá eleito um vereador por apenas nove votos. Os dois partidos consideram também que existiu uma dualidade de critérios na apreciação dos votos nulos, pois em algumas mesas de voto foram aceites com uma cruz em cima do símbolo e, em outras, os mesmos fora considerados nulos.
Por causa destas situações, os dois partidos requereram ao Tribunal Constitucional que considere "nulo o acto eleitoral em toda a área do concelho de Mondim de Basto e que seja ordenada a repetição da eleição".
Nas eleições de domingo, o PSD ganhou as eleições em Mondim de Basto com 2119 votos, ficando o PS em segundo lugar com 2088 votos, e o CDS-PP em terceiro, com 697 votos.

Fernando Pinto de Moura, social-democrata no poder há 24 anos, ganhou as eleições de domingo, com uma margem de 31 votos.
O PSD elegeu três vereadores e o PS os dois.

fonte: http://www.rtp.pt/index.php?article=202487&visual=16

quinta-feira, outubro 13, 2005

Será este um processo representativo?

Gostaria antes de levantar esta questão, de felicitar Fernando Pinto e a sua equipe pela vitória alcançada. O que aqui vou escrever, não tem como intenção colocar em causa a sua vitória, as regras eram conhecidas antes de irmos a votos.

Como pode o voto de aproximadamente 2000 (40%) mondinenses valer uma maioria absoluta e o voto de 2800 (56%) mondinenses nada valer?

O facto de esta votação se reflectir em apenas cinco mandatos, na minha opinião, acaba por falsear as opções dos eleitores num processo que se pede que seja justo e representativo.

De representativo, para mim, pouco ou nada tem.

quarta-feira, outubro 12, 2005

Daqui a Quatro Anos Há Mais

Quero, antes de tudo, começar este meu comentário com uma noticia que me deixou particularmente feliz: O resultado em Amarante não deu qualquer margem para dúvidas.
Neste caso e com o devido respeito para o vencedor nem me interessa quem ganhou. Interessa-me sim saber que os eleitores deram uma prova de serenidade e lucidez derrotando de uma assentada a charlatanice e os reality trash que a promovem. Bem hajam Amarantinos. Com esta derrota abomina-se as vozes do vale-tudo e calam-se as vozes daqueles que embora contestando provavelmente desejariam que A Peça ganhasse para poderem, com profecias de desgraça, fundamentar e deambular sobre as vitórias de outros candidatos - que não os seus - com diatribes encarquilhadas dignas apenas do seu mesquinho e pernicioso desejo. Para mim a Peça de Amarante era caso único. Apesar de outros candidatos se apresentarem em margens suspeitas da justiça, não há razão de facto para duvidar da consciência de quem em Oeiras, Gondomar, Leiria. Foram presidentes que fizeram obra e os eleitores (a sua grande maioria) não o esqueceu. A Justiça se encarregará de os julgar. Deixei de propósito Felgueiras de parte porque aqui, ao contrário dos outros casos, existe um motivo que faz toda a diferença: houve incumprimento da Lei. A candidata era uma foragida da Justiça. O facto de ter sido ou não boa presidente não a iliba á priori dos caminhos da Lei. Custa ver cidadãos a eleger uma candidata fora-de-lei. Nem o falecido Zé do Telhado teve esse privilégio.


Agora Mondim de Basto - a terra que nos interessa- e onde, felizmente não temos candidatos a contas com a justiça.
Como é de já sabido Fernando Pinto alcança vitória. Na minha opinião alcança tripla vitória:
1- É reeleito presidente do município.
2- É reeleito com maioria (o que faz toda a diferença)
3- Com esta vitória, derrota a concelhia eleita do PSD local. Restava-lhe apenas um desaire eleitoral para que de novo pudesse renascer. O cenário foi-lhe madrasto. Fernando Pinto e Marques Mendes, este último não só por Mondim como por todo o território nacional, saem ambos vencedores.
Se é uma verdade que Fernando Pinto e a sua equipa não ganharam para o susto - a diferença escassa de votos confirma-o, também é verdade que não precisou dos votos que muitos psd?s certamente lhe negaram. Tomou uma decisão e mostrou coragem suficiente para a cumprir. Resta apenas saber se a comissão politica se demite ou se será Fernando Pinto a ter que demiti-los. Para um homem com a imagem naturalmente desgastada em tantos anos de poder, há que lhe reconhecer este mérito inato. Poucos teriam a audácia. Poucos o conseguiriam.

Justificar os votos do adversário á custa de promessas pessoais vale tanto para uns como para os outros. A única coisa que os separa são as ferramentas que uns detêm e que outros lutam para as ter. Mas mais uma vez a liberdade de cada um permite-lhe poder escolher não só o candidato e o seu programa mas também outras tantas intenções que cada eleitor determine como importantes para a sua decisão final. Por isso não é de estranhar ver Poder e Oposição argumentarem com os eleitores - em particular - focando precisamente, esta tipo de matérias que, das mais diversas formas, percorrem transversalmente toda a sociedade política seja ela parlamentar seja ela autárquica.
O fundamental é ter noção que os eleitores quando estão na mesa de voto e de esferográfica na mão marcam com a cruzinha o quadrado que nesse momento crucial a vontade impele. Há os que saem perfeitamente tranquilos com a sua consciência, e haverá os que pelo contrário, saem com um peso na consciência. Em qualquer deles é a consciência a única testemunha e suprema juiza do acto. Mas mesmo aqueles que ficam com pesos ou remorsos em relação ao seu voto podem expiar as suas culpas em actos eleitorais futuros. No caso de Fernando Pinto já muitos tiveram essa oportunidade. Sete vezes para ser mais exacto. O que me faz aumentar a convicção de que ninguém vota enganado. O acto do voto é um acto de fé. A maneira como lidamos com a essa fé é do nosso foro intimo Ser democrata é compreender e respeitar isso mesmo.

O Partido Socialista, embora aumentando a sua votação sai, não direi propriamente com uma dupla derrota mas com uma derrota e um sabor amargo. Não ganha o executivo. Quando tudo lhes parecia indicar estar ali mesmo á mão de semear. Nas freguesias consegue os seus resultados mais expressivos e ganhadores em listas lideradas por candidatos com passado alheio à família socialista. Durante a campanha tornou-se indisfarçável, senão o distanciamento, mas um - não te encostes assim muito para ao pé de mim - em relação a estes candidatos. É sobejamente conhecido como as hostes socialistas o convivem com os independentes e como são geralmente tratados. É assim nos governos e é assim nas autarquias. No entanto foram estes, no concelho de Mondim, os verdadeiros protagonistas da mudança. A equipa genuinamente socialista, teve na professora Laura a única protagonista. No seu todo, a equipa do Engº. Humberto para o executivo saldou-se num fracasso. Os resultados nas últimas eleições exigiam de quem neles votou uma continuada dinâmica de vitória. Tiveram quatro anos a jogar (irregularmente) para o campeonato. Mas aqui tratava-se de uma verdadeira final da taça. Ao não entenderem isso subestimaram o adversário e defraudaram as claques.
Assim grande maioria dos votos no partido socialista foram votos, não de convicção num projecto de mudança mas de apenas mudança. Com sabor genuinamente anti-Fernando Pinto. Voltando ao futobolês: Não houve amor á camisola nem fio de jogo (excepção feita á Dona Teresa Rabiço) a única a mostrar discernimento no discurso e, fundamentalmente, um calor genuíno na sua entrega. Teve esse mérito pessoal. Como prémio de agradecimento não falou no comício de Mondim. Estratégia? Esquecimento? Não sei e a verdade é que pessoalmente não me interessa. Mas que é digno de nota é.
A própria Vila que onde, para alguns velhos do Restelo, reside a nata dos eslarecidos e onde por tradição se vota mais á esquerda, até aqui os eleitores lhes negaram uma vitória clara e inequivoca. Facto ainda mais interessante quando verificamos que são as mesas de votos dos mais jovens aquelas em que o apoio foi nitidamente menor.
Eu sempre achei - disse-o nesta Casa várias vezes - muito estranho o facto de não haver em Mondim juventude socialista organizada. Compreendo agora facilmente o motivo.
Ao Partido Socialista resta-lhe, a partir deste momento, continuar refém de Humberto Cerqueira, o vencedor vencido a não ser por um acaso ver despontar no seu seio uma nova equipa capaz de emendar os erros passados, gerar consensos fortes nas freguesias, coisa que, pasme-se, em quatro anos a equipa do Engº Humberto não teve capacidade para fazer e com esse capital afirmar-se internamente como alternativa vencedora.

O CDS foi, também ele, castigado. Facto que nem aos próprios deve surpreender.
Um partido que na recta final mostra mais preocupação em convencer os presumíveis indecisos a votarem senão no CDS em qualquer outra força que não no PSD. Politicamente foi uma história do pior. Uma recta final com este despeito e esta falta de fé tem, irremediavelmente, aquilo que merece. Neste cenário, depositar alguma esperança no futuro do CDS passa pelo Engº Selas de Atei que consegue entre 794 votantes arrecadar 282 votos contra os 234 votos de Mondim num universo de 1919 votantes. Era obra em qualquer partido mas muito mais no minúsculo CDS-PP.


O PCP-PEV tem que analisar friamente os resultados em Atei, Campanhó, Ermelo, Paradança e Vilar de Ferreiros e retirar daí as suas ilações. Em Mondim parece definitivamente ultrapassada aquela ideia que alguns candidatos nem neles próprios votam.

A minha modesta conclusão supra partidária:
Aqueles que, teimosamente, continuam convencidos que falam em nome do povo tirem daqui alguns ensinamentos. Nem se trata apenas do povo não gostar que falem em nome dele. Para mim vai mais longe que isso. O povo por quem eles dizem falar na realidade não existe. É um conceito abstracto que cada vez mais está longe da realidade. O que existe sim são indivíduos. Cada um na sua individualidade. Em liberdade.
Os candidatos não são mais que um grupo organizado de indivíduos prontos a apresentarem propostas a situações concretas aos restantes indivíduos que as aceitam ou não. Quem apenas vê nestes actos públicos, que são as eleições, povo de um lado e candidatos do outro não só esta a distorcer a realidade como à conta dessa distorção se sujeita a engolir os sapos que nessas paisagens pré-históricas proliferam e abundam.

A conclusão das Urnas
Os eleitores em Mondim votaram cumprindo assim mais um acto de cidadania democrática. No apuramento dos votos foi encontrado o vencedor.
Ponto final. Parágrafo.

O Remate Ecológico
Eu com a minha individualidade exclusiva vos transmito a todos os que porque aqui me apraz ver andar, que vou continuar a escrever com a mesma paixão, com a mesma liberdade, com a mesma estupidez, com a mesma tranquilidade emotiva que julgo possuir. Em suma com a originalidade que a todos nos faz diferir dos restantes.
Rara é a noite em que não venho a esta Casa. Umas vezes á procura de conversa, noutras apreciando apenas as conversas dos outros. Tenho vindo a descobrir as virtudes que as conversas virtuais têm em relação ás demais. São mais sinceras e incisivas. Não são precisos gestos nem expressões faciais para as reforçar. Diz-se o que nos vai na alma sem maquilhagem sem cenários. Talvez por isso, e contrariamente ao que possa parecer á partida o anonimato, pode revelar virtudes. Como se trata de personagens que não são reflexos mas apenas extensões de nós próprios permite-nos ser o político que nunca seriamos na vida real, o comentador que nunca seriamos na vida real e por aí fora. Os blogs têm este encanto. Por isso mesmo vou aqui continuar. Quem quiser que me ature. Quem não quiser salte para o comentário seguinte. Mas por favor não pise a relva nem deite lixo para o chão.
Tranquilamente Dias Verdes.

terça-feira, outubro 11, 2005

Resultados finais das eleições autárquicas em Mondim de Basto

Ao que parece a recontagem confirmou os resultados já divulgados pelo STAPE.
O PSD obtém 3 mandatos e o PS 2 mandatos. O que significa uma nova maioria absoluta para a lista de Fernando Pinto / PSD.

Para a Assembleia Municipal o PSD fica com 7 mandatos, o PS com 6 mandatos e o CDS com 2 mandatos.

domingo, outubro 09, 2005

Eleições em Mondim - alguns resultados

Câmara Municipal (resultados provisórios - necessário recontagem)
PSD - 2 mandatos
PS - 2 mandatos
PP - 1 mandato

Assembleias de Freguesia
Atei - PP
Bilhó - PP
Campanhó - PP
Ermelo - PSD
Mondim de Basto - PS
Paradança - PSD
Pardelhas - PSD
Vilar de Ferreiros - PS

Conselho de amigo!

Antes demais, queria felicitar todos os participantes deste blog pelo sucesso alcançado até então. É sempre bom haver um espaço onde todas as pessoas de todas as cores, de todas as idades, de todas as convicções possam livremente expor as suas ideias, e melhor ainda, fazer com que essas ideias sejam respeitadas.
Mas não é este o motivo deste meu post, mas como não poderia deixar de ser, as autárquicas. Pois é meus amigos, e agora, quem é o senhor que se segue na casa do eiró? Seja lá quem quem for, seja a cor que for, a mim não me faz diferença. Diferença faz-me, se esses senhores apelidados de políticos depois de se saber qual o resultado, arregassem as mangas e deitem mãos ao trabalho. Pois não falta que fazer neste nosso cantinho transmontano. Espero bem que todos esses senhores esqueçam as suas cores e tudo o que se discutir nas nossas assembleias seja para solucionar uma imensidão de problemas que por cá existem. Deixem de fazer as birras que até agora se faziam. Só porque fulano não é da minha cor, não posso jamais em tempo algum apoiar as suas ideias. Deixem de dizer mal das ideias dos outros mas quando não concordarem apresentem uma melhor. Isso sim é o que se chama de uma oposição construtiva. E neste momento é disso que é preciso, pessoas com boas ideias, com vontade de trabalhar, pessoas que se revoltem com o que está mal.
Mondim já tá farto de perder tempo e deixar passar as oportunidades e é URGENTE unir esforços de todos os que queiram ajudar para que num futuro próximo, nos encontremos neste mesmo espaço a palrear sobre todas as coisas boas que em Mondim de Basto se vão fazer, espero eu!
A margem de manobra que nos restava, já não existe. Só há um caminho a seguir para que deixem de haver tantos problemas numa terra tão pequenina.
Um último conselho ao próximo Sr. Presidente:
Ouçam a juventude deste concelho. É deles o futuro! Ajudem a dinamizar este concelho...
Os MONDINENSES AGRADECEM.
A todos um grande abraço

sábado, outubro 08, 2005

Os Professores são para dar Aulas

Aqui fica um artigo de opinião enviado pelo xkrjag

Assisti ontem à parte final do comício do PSD. Falava o candidato e ainda Presidente da Câmara, num tom bucólico e sofrido, mais sereno que o sermão de uma missa vespertina.
O Sr. Fernando Pinto, apelava a todos os apoiantes da sua candidatura que se comportassem de forma ordeira e que não provocassem ninguém. Quando ele próprio com uma frase completamente inusitada, foi o grande provocador. Mas ao apelar à serenidade de todos os apoiantes, Fernando Pinto estava já a provocar a plateia. Pois partiu do pressuposto, que aqueles que estavam a sua frente, pudessem sair dali com os paus (das bandeiras) em punho e armassem desacatos, partindo montras, incendiando carros e batendo em quem estava a assistir a outros comícios.
Mas logo terminado este apelo à ordem, eis que o Sr. Fernando Pinto volta ao púlpito, para compartilhar com os presentes o seu brilhante raciocínio e disse o seguinte ?Se repararem nos nossos concorrentes, são quase todos professores, os professores não são para a política, são para dar aulas?
Esta frase revela no seu esplendor, os tiques fascistas e ditatoriais de quem exerce o poder pelo poder. É de todo incompreensível que um politico com uma experiência de 24 anos profira uma enormidade destas.
Com esta frase, o Sr. Presidente mostra um total desrespeito pela Constituição da Republica Portuguesa. O Sr. Presidente não é digno representante de um partido que se fundou e se bateu pela democracia.
Convido Vª Ex.ª a ler o capítulo II da nossa constituição (Direitos, liberdades e Garantias de participação politica), sim esses que o Sr. Ostensivamente desrespeitou e que passo a transcrever excertos de alguns artigos.
Artigo 48º (Participação na vida politica) nº 1. Todos os cidadãos têm o direito de tomar parte na vida politica e na direcção de assuntos públicos do país, directamente ou por intermédio de representantes livremente eleitos.
Artigo 49º (Direito de sufrágio) nº 1. Têm direito de sufrágio todos os cidadãos maiores de 18 anos, ressalvadas as incapacidades previstas na lei geral.
Convido também Vª Ex.ª a ler o Artigo 50º (Direito de acesso a cargos públicos) porque tenho a certeza que o Sr. Desconhece o teor do mesmo.
Se o Sr. Considera incapazes todos os professores porque é que convidou um professor para se candidatar a Presidente da Assembleia Municipal pelo PSD?
Haverá mais classes profissionais, inibidas pelo seu magnificente raciocínio, de exercer cargos políticos. Ou a politica é só para pessoas como o senhor que antes de ser político era propagandista.
Aconselho-o vivamente a retratar-se dessa afirmação para salvar a pouca honra e dignidade que ainda goza.

sexta-feira, outubro 07, 2005

O fim de um ciclo.

Caros participantes, não queria deixar de marcar o fim de um cilclo para o blog "Casa do Eiró". Nestes primeiros quatro meses de vida, o blog foi movido pela pré e campanha eleitoral às autárquicas. Não estarei a ser vaidoso, e tenho a certeza que os restantes dinamizadores concordam com a minha opinião, se disser que o meio priveligiado de debate destas eleições autárquicas foi o blog "Casa do Eiró". A todos os participantes que o utilizaram de forma produtiva e enriquecedora, o nosso agradecimento.
Candidatos houve, que o souberam aproveitar da melhor forma, outros, sempre o viram como um alvo a abater, mas nenhum ficou indiferente ao que aqui se passava.

"No dia em que os Mondinenses nos escolherem para governar o Concelho prometemos que nao cometeremos vícios antigos, e independentemente do apoio que nos deram para esta eleiçao, todos serão tratados de igual modo e todos pertencerão a um só partido: MONDIM."

Gostaria de ver este parágrafo de um programa político, como introdução de todos os programas políticos das listas candidatas à autarquia de Mondim de Basto. É urgente fazer com que os eleitores percebam que a batalha e as divisões devem acabar na mesma hora em que fecham as urnas, depois disso, somos todos Mondinenses.

É com este espírito que o "Casa do Eiró" pretende continuar a ser um espaço de debate, de lançamento de novas ideias, de apoio e/ou oposição ao futuro executivo autárquico de Mondim de Basto.

Afinal de contas, o "Casa do Eiró", somos todos.....

Campanha Eleitoral bate todos os recordes de gastos...

Deixo aqui um texto que retirei da edição de Hoje, sexta feira do Jornal de Notícias.
Prometo que assim que possa vou deixar aqui a minha opinião sobre o assunto, bem como a justificação para a colocação deste Post.

A campanha para as eleições de domingo foi a mais cara de sempre. Envolveu, aliás, mais dinheiro do que a soma de todas as campanhas feitas desde 1976. O apoio do Estado às máquinas partidárias também atingiu um recorde de 54,6 milhões de euros (quase metade do total), pelo que cada português contribui com 5,5 euros.
Segundo os orçamentos de campanha partidários, estas autárquicas deverão custar 118 milhões de euros (ver infografia). Dez vezes mais que as de 2001 e mais 23% do que o valor dispendido em campanhas desde que há eleições democráticas. A contribuição do Estado - na forma de subvenção paga pelo Parlamento - corresponde a quase metade (46%) do total.
As mudanças introduzidas em 2003 à Lei do Financiamento dos Partidos - em vigor desde Janeiro - ajudam a explicar estes valores. Em pleno "período da tanga", o Parlamento legislou no sentido de permitir aos partidos triplicar as despesas possíveis em campanhas, abrindo a porta, em simultâneo, a que o Estado também multiplicasse por três o apoio concedido.


"Despesa gigantesca"

Para Manuel Meirinho Martins, docente do Instituto de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, este "gigantismo de despesa é "incompreensível" face ao estado das contas públicas.
"Numa altura em que se apela ao apertar do cinto, ninguém entende que se gaste tanto e que o Estado pague quase metade", afirma, lamentando que estes fundos sirvam para alimentar o "puro espectáculo" em que se tornaram as campanhas. Prova disso é que, com tanto dinheiro, os partidos até colocaram cartazes em zonas onde sabem bem que não vão chegam ao poder.
A forma como a lei está feita, denuncia o académico, abre caminho à "compra do voto e do poder", impedindo que o debate político seja "mais mobilizador" para o cidadão.
Na prática, explica Meirinho Martins, os partidos - que desde 2000 não podem receber dinheiro de privados para as campanhas - precisam de "conquistar cada vez mais votos" para poderem receber cada vez mais do Estado.
Ao abrigo da lei de 2003, o Estado financia os partidos por duas vias anualmente, entrega-lhes uma subvenção proporcional aos resultados das legislativas (cada voto, quatro euros); depois, liberta um apoio para as campanhas (150% das despesas possíveis, que dependem da dimensão demográfica do concelho) que também é função sobretudo da proporção dos votos.
"As campanhas tornaram-se um negócio para os partidos", denuncia Meirinho, para quem o financiamento partidário é "uma das maiores mentiras políticas em Portugal". Apesar de haver mais investimento público nos partidos e nas campanhas, afirma, o sistema não melhorou. "Há mais informação? Maior participação?", questiona, arriscando uma resposta "Estamos a afectar mais recursos públicos para ter um efeito negativo". O CDS foi o partido que mais se aproveitou das mudanças da lei, estimando gastar agora 50 vezes mais do que em 2001. Já o PS e a CDU destacam-se por preverem gastar "apenas" o quintuplo de há quatro anos.
No "campeonato" dos apoios do Estado, a Esquerda ganha, com o Bloco e a CDU a receberem dos cofres públicos cerca de 70% do que prevêem gastar. À Direita, o PSD conta com apenas 27,4% do total e o CDS/PP com 21,2%.
Também os independentes têm direito ajuda do Estado. Isaltino Morais recebe 60 mil euros (num total de 223 mil de gastos), cabendo a Valentim Loureiro 140 mil euros (em 335 mil). Ferreira Torres fica de fora, por não ter uma lista candidata em simultâneo à câmara e assembleia municipal. As contas de Fátima Felgueiras não são conhecidas.

In Jornal de Notícias, Sexta - Feira 7 de Outubro de 2005

quinta-feira, outubro 06, 2005

O essencial e o acessório

O que nos move quando falamos de Mondim de Basto? Que prazer é aquele que nos invade quando, por exemplo, trazemos uns amigos forasteiros à nossa terra e vemos a sua satisfação ao desfrutarem esta vila? Será pela magia do Monte Farinha? Não duvido que em grande parte o seja, mas não é tudo. Será pelos rios e florestas que nos percorrem e inundam por todos os lados? Certamente. Mas não é tudo. Será pelo pequeno, mas presente, charme de aroma cosmopolita com que Mondim presenteia os forasteiros e amigos que por cá passam e por cá se deleitam? Absolutamente. Mas também não é tudo. Ora bem e o que é que Fernando Pinto tem a ver com isto? Provavelmente muito. Dirão uns. Absolutamente nada. Dirão outros. Nem tudo nem nada. Digo eu e provavelmente mais alguns. Bom mas o essencial neste assunto é que Mondim no seu universo autárquico passa obrigatóriamente por FPM. A nossa mentalidade colectiva nos ultimos vinte anos foi moldada nesta forja. Negar este facto é por a cabeça na areia. Historicamente é legitima a propaganda.
É claro que esta terra no sentido político do termo deve tudo, - PORQUE OUTRO NÃO HOUVE - a Fernando Pinto. Para o bem e para o mal. É uma questão incontornável. Senão a quem deve? - Será ao PSD? Provavelmente quando por este partido FP alinhou e ganhou. - Será ao CDS? -Provavelmente quando por este partido ele alinhou e ganhou. Será á Oposição? ......................................................................................aqui, para já, deixo a resposta ao vosso critério.
Esta terra, autárquicamente falando, sublinho, deve tudo a Fernando Pinto na medida em que os mondinenses (a sua grande maioria) assim o quis. Não foi uma auto-proclamação. Não foi a tomada da Bastilha. Foi fruto da democracia. Não há volta possível a dar-lhe. Nem pode haver. Alguns mondinenses tem que assumir sem complexos sem exageros e sem dramas esta história. Os mondinenses (a sua grande maioria) expressaram-no inequivocamente nas urnas 6 (seis)! vezes seguidas. Eu ou qualquer um de nós no seu lugar poderíamos ser tentados a pensar o mesmo. Então porque não manifestá-lo?
E não me venham com conversas redutoras e patéticas do votar em consciência porque além de conversa elitista e presunçosa é, acima de tudo, um atestado de menoridade a todos os que livre e secretamente expressam o seu voto nas urnas. Longe de olhares alheios. Aliás é essa mesma presunção que alguns dos nossos bloguistas aqui bem expressam quando ao manifestarem uma opinião se referem sempre no plural com afirmações do tipo: Todos nós sabemos que ...; todos os mondinenses sabem que..., querendo justificar - usurpando ao plural - uma opinião singular. Este sintoma, na minha estrita opinião, é típico de mentes conservadoras e preconceituosas que teimam falar e teorizar em nome do povo como se o povo fosse uma massa única e indivisível sem voz própria. Isto sim é revoltante. Fazem a apologia da democracia e da liberdade de escolha por um lado, mas se nas urnas a coisa não corre de feição é um ai que me acudam, é o povo que vota coagido, é o povo que tem medo de votar em consciência, é o povo que não entendeu a mensagem, dando com tal leitura uma verdadeira machadada na liberdade e na responsabilidade de escolha de cada indivíduo. Ninguém vota melhor que o outro. Pensar nestes termos é sectarismo opressivo e cinzento.
Será que com isto eu Dias Verdes penso que nos últimos vinte anos Mondim progrediu tudo o que tinha a progredir? Claro que não. Podia ter progredido muito mais e porventura muito melhor se por exemplo tivesse havido uma oposição á altura, tanto na critica como na cooperação. Se os mondinenses fossem, por natureza, mais reivindicativos e dessem sinais claros ao executivo para imprimir outras velocidades. Quem sabe se não seria diferente. E aqui também a oposição perdeu o seu papel fundamental de informar os cidadãos que, por variados motivos não teve acesso privilegiado a certos assuntos e, com esta falta de atitude, empenhou o direito de ela própria figurar honrosamente na história mondinense. Claro que tudo isto não passa de meras hipóteses perdidas que irão ficar para sempre no limbo porque, como todos sabemos, a realidade foi outra. A oposição pactuou historicamente com Fernando Pinto deixando-lhe só a ele este legado. Ele reclama-o na sua propaganda. Para uns é ostensivo. Para mim é linear.
Todos nós temos o direito de divergir e contrariar. As campanhas valem o que valem. Os candidatos valem o que valem. O voto é soberano. O direito de votar em quem se quer é supremo. Aliás o meu artigo é uma apologia a esse direito:
-Liberdade; Responsabilidade de escolha; Direito à diferença; Direito à iniciativa. Sem colisões. Com objectividade. Com tranquilidade. Com lucidez.

quarta-feira, outubro 05, 2005

É REVOLTANTE!!!

"Mondim de Basto é elogiado, Mondim de Basto é apontado, Mondim de Basto é uma referencia e tudo graças ao trabalho de Fernando Pinto!!!"

"Esta terra deve tudo a Fernando Pinto!"

Não há paciência para andar nas ruas de Mondim a ouvir estas palavras de ordem chocantes!!
Isto é revoltante!!!! Revoltante!!! Revoltante ou será que não???

Realmente devemos tudo o que Mondim é neste momento a Fernando Pinto!!! Realmente merecemos ser apontados como um concelho que nesta altura do campeonato ainda luta pelos meios mais básicos de qualidade de vida!!! Pensando bem... deixem o carro passar!!! Mas por favor... baixem o volume! E quando for obrigado a parar não deixe a "grafonola" ligada!!

segunda-feira, outubro 03, 2005

A candidatura de Fernando Pinto, afinal, apresenta programa!

Este é o texto de apresentação que podemos encontrar no panfleto de campanha de Fernando Pinto:

"Caros (as) Mondinenses,

No último mandato, Mondim de Basto desenvolveu-se a vários níveis.O balanço do trabalho realizado está vista e ao serviço de toda a população de Mondim de Basto. Por isso mesmo, queremos que seja você a julgar, no próximo dia 9 de Outubro, a dedicação da nossa equipa aos interesses do nosso Concelho

Contamos com o seu apoio, renovando a confiança na nossa competência, por mais quatro anos. Por Mondim, conto consigo."

O panfleto encontra-se depois dividido em dois temas. Ficam os títulos com os links:

- Um trabalho à vista de todos e ao serviço de todos!
- Por Mondim queremos fazer ainda mais e melhor!

QUANTO VALE ($) UM VOTO?

(Aqui fica um texto do nosso colaborador "Caseiro"!)

Aproxima-se o dia 9 de Outubro, dia das eleições autárquicas, e é vê-los, os candidatos na azáfama da conquista do voto! Ora, quanto pode valer, aferindo o valor do dito, por contos de reis, para melhor compreensão das pessoas? Haverá várias fórmulas e formas de o calcular e eu vou dar uma que, pela sua simplicidade, se torna acessível à compreensão do grande público que, por ventura, leia este artigo.
Como sabemos, pois está na Lei, os presidentes de câmaras da mesma grandeza da nossa auferem só de ordenado, de que descontam IRS e de despesas de representação, de que não fazem quaisquer descontos 3 587 euros = 720 000$00, que não será muito dinheiro para quem nesses cargos políticos trabalhe afincadamente e apresente obra, digo-o à guisa de comentário, sendo que os vereadores a tempo inteiram ganham 80% do que ganha o respectivo presidente.

Tendo em conta que os assessores, que são cargos políticos, ganham algo menos que os vereadores, a tempo inteiro e que na nossa Câmara temos pelo menos 4, para chegarmos ao resultado pretendido (o valor monetário de um voto), faremos da seguinte forma: ordenado médio mensal de cada político a multiplicar por 14 meses, vezes 4, que é a duração de um mandato = a determinada quantia que, dividida pelo número de votos que separa a diferença de votos do vencedor das eleições do número de votos do que fique em 2º lugar, pelo resultado das eleições anteriores, dá cerca de 400 000$00 por que fica cada voto!

400 000$00! Meus caros Mondinenses, é a quantia por que muitos vendem o DIREITO MAIS INALEANÁVEL que nos trouxe a Democracia, por que lutámos durante 50 anos!

E para cúmulo: quem tem comprado estes votos não despende de um único euro, pois faz o pagamento, há 23 anos, com ofertas de dinheiro a organizações (ranchos, tunas, dando empregos a filhos família ? o que é de louvar, não fora a malévola intenção que envenena tal oferta ? muitos desses empregos que depois são subaproveitados: e tudo isto pago não com o dinheiro que eles auferem, mas sim com o dinheiro de todos nós munícipes, o mesmo é dizer, à custa do Orçamento Municipal!

E são estes senhores, de forma absolutamente consciente, mais os Mondinenses que se prestam a vender o seu VOTO que deve ser livre, inalienável, consciente, que têm hoje a responsabilidade de terem o nosso Concelho, o Nosso Mondim, no atraso em que está e sem perspectivas de arrancar, pois tudo leva a crer, a funcionar esta processo ? eles lá andam pelas portas de cabeça no sítio onde sempre a tiveram, mas de chapéu na mão, para papalvo ver? e se comover ? prometendo tudo antes do dia 9, mas com a consciência que tudo é para ficar na mesma.

NINGUÉM será capaz de se me dirigir, pedindo-me para votar neste ou naquele, pois esses senhores sabem que se mo fizessem estavam a insultar a minha inteligência e seriam por mim muito mal recebidos, se nessa conversa ultrapassassem o limite da informação.

A Juventude é generosa e é verdade. Quem não viu, há 8 anos, os então jovens a lutar pela vitória de Fernando Pinto, na esperança de que Mondim avançasse?! E hoje, que estão já integrados no mundo do trabalho, esses mesmos jovens com responsabilidades, o que dizem? ? Que foram enganados; que as suas perspectivas se goraram!

A História repete-se; não totalmente, graças a Deus. E que vemos hoje? ? Alguns jovens que se deixaram embalarem, e lá andam, para de aqui a 8 anos confessarem que estavam enganados. UMA ÁRVORE NÃO SE CONHECE PELAS FOLHAS, UMA ÁRVORE CONHECE-SE PELOS FRUTOS.

Mondinenses: votai em consciência! O voto é a maior arma da democracia, e funciona bem quando a maioria vota com consciência; funciona mal, quando a maioria se deixa embalar pela cantiga daqueles que dela beneficia, não correspondendo com a dedicação e trabalho aos ordenados que auferem e que supostamente servem para compensarem o trabalho dos autarcas; funciona mal ainda quando o voto é usado para pagar um emprego da câmara dado a um familiar, seja filho ou outro parente, ou para pagar um caminho particular, ou uma rampa para casa. Reparem bem naqueles que na semana antes das eleições andem nas ruas de Mondim a massacrar o pacato mondinense para lhe virarem a cabeça, vendendo assim o seu voto: reparem bem, porque de certeza lá têm um ou dois filhos ou lhes fizeram ou deram algo (caminhos particulares, parcelas de terreno); andam assim nas ruas de Mondim a massacrar o pacato mondinense para votar, isto é, para vender o seu voto à revelia de sua consciência, àqueles que dele precisam para se manterem nos lugares sem corresponderem ao anseio dos Mondinenses, que é: COLOCAR MONDIM NA SENDA DO PROGRESSO, PARA QUE TODOS OS MONDINENSES VIVAM MELHOR, SEM PRECISAREM DE TRABALHAR LONGE DA SUA QUERIDA TERRA E DOS SEUS ENTES.

VOTEM EM CONSCIENCIA! PORQUE SE O FIZEREM É EM VÓS PRÓPRIOS QUE ESTAIS A VOTAR1

sábado, outubro 01, 2005

Agenda 21

Foi lançado no final do mês de Setembro o Livro "Autarquias e Desenvolvimento Sustentável". Entrevistada pelo jornal Público, a socióloga Luísa Schmit, uma das autoras do estudo, conclui que as preocupações dos nossos autarcas são ainda problemas primários ao nível do ambiente e desenvolvimento sustentável (pobreza e desemprego 40%, saneamento básico 33%).

É nesta altura que a socióloga alerta para o facto de Portugal ser o país da Europa com maior défice de Agendas 21 Locais, documentos elaborados pelas autarquias que incluem a estratégia municipal para a promoção do desenvolvimento sustentável.

"Dos autarcas que responderam ao inquérito, 16 por cento dizem ter já elaborada uma Agenda 21 Local, mas os autores do estudo admitem que este "baixo" número possa na realidade ser ainda mais reduzido."

Jornal Público


A Agenda 21 Local é, essencialmente, releve-se, um processo participativo de preparação e concretização de um plano de acção estratégico de longo prazo, dirigido às prioridades locais para o desenvolvimento sustentável, sendo que, mais do que um Plano Municipal de Ambiente, a Agenda 21 Local integra a componente ambiental, social, económica e cultural com o objectivo último de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, baseando-se nos princípios do desenvolvimento sustentado.

ANMP


A Agenda 21 Local tem como ponto de partida para todos os municipios a assinatura da Carta de Aalborg. Segue-se a criação de Fóruns de participação pública. É aqui que todas as forças vivas do concelho são chamados a discutir o futuro do município. Sensibilização, diagnóstico, plano de acção e concretização, são os passos seguintes. (Ver exemplo de Santo Tirso)

Convido todos os colaboradores a seguirem os links que aqui vos deixo, no sentido de podermos desde já, lançar aqui no Casa do Eiró um debate que visa concluir se a Agenda 21 Local, é ou não, um processo importante para o desenvolvimento do nosso concelho. Remeto também a minha opinião para os comentários ao artigo.

Um pormenor, na Suécia, país que vem sempre à conversa quando queremos dar bons exemplos, não existe uma autarquia que não tenha preparado a sua Agenda 21 Local.