segunda-feira, novembro 07, 2005

António Costa revela que processo de fusão e extinção das autarquias já começou

28.10.2005 - 22h26 Lusa

O ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, anunciou hoje, no Porto, que o Governo já iniciou o processo tendente à fusão e extinção de concelhos e freguesias, no âmbito da reforma da administração do território.

À margem do encerramento do 1º Congresso Nacional dos Economistas, António Costa revelou que o Governo já convidou os presidentes das câmaras de Lisboa, Carmona Rodrigues, e Porto, Rui Rio, a integrar a comissão que vai estudar a fusão e extinção de autarquias.

As associações nacionais de municípios (ANMP) e de freguesias (Anafre) vão também estar representadas nesta comissão.

"Teremos, eventualmente, de criar novos municípios, mas temos de quebrar o tabu da não fusão de autarquias. Agora que terminaram as eleições autárquicas, é altura de retomar os estudos".

António Costa salientou que o Governo não está a pensar em extinguir pequenas autarquias do interior, mas sim as freguesias urbanas com poucos habitantes, "designadamente em Lisboa e Porto".

O ministro frisou que a criação, fusão ou extinção de autarquias "é uma competência exclusiva da Assembleia da República", pelo que competirá a este órgão central decidir, e não aos órgãos locais.

"O critério não deve ser apenas demográfico", disse António Costa, acrescentando que este processo de fusão e extinção será acompanhado por um reforço de competências das autarquias, em áreas que não especificou.

António Costa salientou que o Governo está a dar o exemplo de racionalização e reorganização da Administração Pública, devendo, "até ao final de 2007", todos os serviços desconcentrados estarem organizados ao nível das áreas geográficas das cinco regiões com Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

8 comentários:

AtoMo disse...

Parece que já havia quem esfregasse as mãos de contente a pensar que o ùnico argumento válido para a extinção de municípios era ter uma populção inferior a dez mil habitantes. Lá se ia o Município de Mondim de Basto!!! Para onde??!!!!
Pois bem, o nosso ministro, bem agora alegar que afinal não serão esses os critérios de selecção. Metam lá as mãozinhas nos bolsos para não esfriar.

AtoMo disse...

Não se trata de querer!!! Os GATs, a junção de alguns serviços, o hospital...etc..etc..etc.. é um assunto.
A extinção de Concelhos é outra completamente diferente, digamos... mais radical.
Imagina que Mondim, tendo em conta o número de habitantes tinha que se fundir ou ser extinto. Seria isso possivel mesmo com os mais fortes argumentos de aproveitamento de recursos humanos e económicos?

Anónimo disse...

Lá se ia o Município de Mondim de Basto!!! Para onde??!!!!

Vila Real, Amarante e Celorico.
Não?

Anónimo disse...

Já ouvi uma versão engraçada do assunto. Acho que era mais ou menos assim. Bilho, pardelhas, etc, vila real. Paradança, Amarante. Mondim, celorico. O resto nao me lembro

AtoMo disse...

Isso não era fusão nem extinção... era desmembramento!!!

O resto talvez fosse Atei para Cabeceiras? Esse, se calhar, não levantava grande contestação por parte dos Ateienses!!! :D

Anónimo disse...

O que esta previsto é extinçao de uns e a criação de novos municipios. E porque não a extição de celorico mondim cabeceiras e riberra de pena e a criação de um com sede em ATEI DE BASTO

AtoMo disse...

Está visto que a existir algo desse género, bastante improvável pela dimensão territorial, o centro é o Arco do Baúlhe.

País Basto disse...

Não acredito que este projecto ande para a frente, falta neste País coragem Politíca para fazer muita coisa quanto mais uma revolução deste tamanho.Mas isso não invalida que se discuta. Numa altura em que toda a gente se começa a perceber o tamanhdecomunal que tem a máquina do estado e que esse monstro é um dos mais sérios entraves ao equilibrio de contas e ao desenvolvimento do País, alguém fará uma ideia de quanto não pouparia o estado com esta pequena revolução? Alguém pode á partida garantir que as coisas não melhorariam?
A ultima revolução deste género foi feita por Mouzinho da Silveira em 1800 e qualquer coisa em que se passou de uma realidade de mais de 800 concelhos para o número actual de 300 e picos. Á distância a que o tempo nos transportou alguém pode dizer que não é muito mais adequado o número de municípios que existe actualmente quando comparado com esse absurdo de 800 e tal.
A discussão não é fácil, tenho a ideia (sem certezas) que toda a gente aceitaria esta medida se ela não afectasse o seu concelho. Mas isso são questões emocionais, há outras que entram que devem entrar na discussão.