Coragem Para Mudar Mondim

O texto que a seguir apresento, foi enviado por um candidato a um lugar nesta casa:
"Tenho notado que não existem candidatos que se resolvam a tratar dos residuos urbanos - flagelo que merecer ser tratado - claro que também sou um adepto da reciclagem. Não quero interferir no trabalho da vossa digamos governanta. O meu trabalho resume-se a tratar de lixos exteriores e a a dar-lhe uma mão no caixote.", o qual quer ser tratado por Dias Verdes.

Aqui fica o artigo do nosso Candidato - Dias Verdes

Vinha eu, muito descansado, pela avenida abaixo quando deparei com um cartaz do partido socialista que dizia: CORAGEM PARA MUDAR MONDIM. Gostei da frase como aliás gosto de todas as frases determinadas e objectivas em relação a determinado assunto. Neste caso ainda mais visto ser Mondim o alvo da mudança.
Será difícil alguém de bom senso não admitir que Mondim está urgentemente a precisar de mudança. A mudança não se espera - pratica-se. E para começar não se impõe desde logo algo de espectacular ou fenomenal. Bastam apenas uns sinais. Pequeninos que sejam.
Por si só, é um facto, a simples presença de palavras como Coragem e Mudança já desperta o interesse, e crie apetência para fomentar discussões, dúvidas, questões, em suma começar a ter uma noção de cidadania há muito retirada dos hábitos mondinenses. A mudança começará necessariamente por aqui.
Aproveito, já que a abordagem é fácil e sincera, para felicitar a "Casa do Eiró" sem sombra de dúvida um passo importante para que este inusitado silêncio em torno da coisa pública desapareça de vez. Bem-Haja óh Senhoriu.

Olhei para o cartaz novamente, continuei a gostar da frase, mas desta feita saltou apenas o lado "publicitário/panfletário" da mesma.
Como é possível, pensei, que um grupo de pessoas que ainda não se apresentou publicamente aos eleitores, que não se sabe oficialmente quem são e, fundamentalmente, ainda não apresentou uma ideia que fosse para essa almejada mudança, arroja-se a dizer aos mondinenses que tem a coragem necessária para o
fazer?
Note-se que não estou a dizer que não a têm - a falta de informação nem me permitiria ter essa suspeição, mas não venham com cheques em branco para o povo. Primeiro á que dar um sinal, um só que seja e então a partir daí sentir-se minimamente autorizado para o fazer.

Actuando desta forma, a única coragem que demonstram reside apenas no facto de se terem candidatado. Não é desta coragem, que Mondim precisa. E lá continuei a minha caminhada entretido com a ideia que o cartaz, valia pela surpresa mas pecava na continuidade. Restava-me agora dois cenários possíveis: ou a equipa de facto surpreende e o cartaz lá irá tomando a sua merecida verdade e presença ou o marketing do PS tem uma estratégia a tal ponto elaborada que eu esqueço-me que ele existiu quando sair o segundo. (eh,eh,eh).
Com o desfiar destes pensamentos finalmente cheguei a casa. Sentei-me em frente ao PC, peguei na prancha e lá fui eu qual V@asco da G@ma até ás praias da Casa do Eiró, afinal a dupla razão desta conversa. Já via eu a costa quando o meu pensamento fugiu novamente para o meu mui falado cartaz, concluindo que seria sinceramente mais legítimo a frase nesta forma: - Casa do Eiró ? Coragem para Mudar Mondim.

Este blogg existe há meia dúzia de bytes, e já despoletou mais discussão - pela terra - do que a oposição e o poder juntos nestes últimos neste últimos tempos. Basta parar no post URBCOM . Acredito que existam mondinenses que não nutram qualquer simpatia pela "Casa do Eiró", ainda bem! A "Casa do Eiró", no meu ponto de vista não é para nutrir é para discutir. Seja-mos nós anónimos, identificados por nome próprio ou por nick, é uma questão que nem sequer ponho desde que o respeito impere E que a elevação seja condizente com o propósito mesmo: MONDIM, CORAGEM, MUDANÇA, TRANQUILIDADE.
Devia acabar aqui, mas já que falei em opiniões identificadas saio do espaço cibernautae vou até uma notícia do Povo de Basto que me ficou de tal forma a zumbir na cabeça que a quero espalhar pela Casa.
Li há dias um artigo do Arq.º João, neste jornal e quero salientar aqui uma frase a La Palisse que passo a transcrever: ..."vivemos num concelho que segundo todos os índices nos colocam na cauda do País que temos".
Pergunto, o Arq.º João, tem algumas ideias de acções devidamente planeadas para fazer frente a esta situação de últimos do pelotão? Isso que diz já se sabe há muito, só que vindo de um, julgo que candidato pelo PS era de esperar pistas para a solução do problema supra citado. Espanto meu ao acabar o artigo. Não só não apresentou ideias para o futuro como se atulhou em trapalhada quando recorreu ao passado.
Questões como esquerda/direita, partidos antes e depois do 25 de Abril, merecem sem dúvida ser discutidas mas num contexto próprio, nunca "encaixadas" em período eleitoral autárquico. Se essa discussão em torno de dicotomias tem alguma elevação, o Arq.º João ao colocá-la neste ambiente de "fora de contexto" colocou-as automaticamente no lado da demagogia. Não bastasse isto, ainda quis dar aquele ar pretensioso e já sensaborão de intelectual de esquerda acabando por remeter o já descontextualizado assunto para os confins do ridículo.
Para a sua verdade de La Palisse eu respondo-lhe com a minha:
- não se vislumbra matéria de interesse autárquico no seu artigo porque o seu artigo demonstra falta de interesse em matérias autárquicas interessantes.

Post Scriptum:
Espero que o Partido Socialista de Mondim se tenha apenas enganado na estratégia e não fosse sua intenção perturbar a inteligência dos Mondinenses.
Eu pessoalmente fiquei perturbado.

Ficamos assim a aguardar a avaliação do senhoriU, Feitor e da Maria da Graça, aviso já que não são cedo a pressões :)