O Feitor gostava de aconselhar os comerciantes de Mondim a concorrerem, mas "helás" não é para nós.
O actual período de candidaturas é para comerciantes de concelhos cujas Câmaras Municipais apresentaram em devido tempo a candidatura "geral".
Quem responde por esta oportunidade perdida de trazer para a casa uns milhares de Euros, que sempre fariam movimentar a actividade local?
Uma pesquisa aos projectos apoiados nos concelhos vizinhos de Celorico de Basto e Cabeceiras dá-nos a seguinte informação:
Celorico: Projectos apoiados: 19 Valor total de apoios: ?1.500.000,00
Cabeceiras: Projectos apoiados: 62 Valor total de apoios: parei de contar nos ?3.000.000,00
para não começar a chorar...
Na casa estamos a recolher informação acerca da tramitação de todo o processo - onde falhou e quem falhou (este é um dos papéis do feitor...). Prometemos, quando tivermos certezas absolutas, publicar o resultado da "investigação".
Quem tiver alguma informação pode contribuir enviando para casadoeiro@gmail.com.
Agradecidos.
Com a devida autorização do Feitor, decidi acrescentar este mapa ao "post" que podem contextualizar melhor seguindo este link:
http://www.ccr-norte.pt/outrosic/downloads/urbcom_psa.zip
Cá fica o mapa então. O 18 é Cabeceiras, 31 Ribeira de Pena e 32 Celorico de Basto! Mondim nem quadradinho branco tem?
Obrigado Feitor.
SenhoriU
5 comentários:
Boas!!!
Esta é de deixar qualquer um com os nervos à flor da pele!! Torna-se difícil comentar este assunto sem perder o bom senso que se vive no "Casa do Eiró". Mas com um pouco de sacrifício nós vamos lá!!!
Corria o ano 2002 tomava posse a nova Ministra da Ecónomia a Dr. Manuela Ferreira Leite. Pouco tempo depois anuncia através do despacho 5294/2002 com data de 09/03/2002 um prazo de 3 meses para apresentação de candidaturas à 1º Fase do URBCOM. Esta 1º Fase destina-se às candidaturas das Associações e/ou Autarquias. Associação de comerciantes, por exemplo, não temos. Autarquia, nestes assuntos, é como se não tivéssemos. Tá fácil de saber, Mondim ficou mais uma vez à sombra de um cedro qualquer a ver uma oportunidade essencial para o desenvolvimento do nosso concelho. Não estamos aqui a comentar uma candidatura mal elaborada... não!! Estamos a comentar o simples facto de pura e simplesmente não se apresentar uma candidatura. Será possível?
Tudo isto vai de acordo com a atitude demonstrada pelo executivo durante todos estes anos. É difícil esquecer uma entrevista que o nosso Presidente deu à RTP quando a Volta a Portugal em Bicicleta subiu o Alto da Senhora da Graça. Perguntavam-lhe qualquer coisa sobre a qualidade de vida em Mondim, à qual ele respondeu que não faltava nada a não ser uma Piscina (algo mais ou menos assim). Tá tudo dito... venha lá a piscina ao menos!
Não podemos ilibar desta situação a oposição, visto que em 2002 já se encontravam em funções os actuais vereadores. Este é mais um daqueles assuntos que dá vontade de perguntar: onde estava a oposição entre Março e Julho de 2002?
É esta a tão falada boa oposição? Não me parece meus senhores.
E assim corre a vida na "Casa do Eiró". Não precisamos de financiamentos para nada. Somos um pequeno paraíso!!! Maravilhoso!
Não é fácil comentar este texto...
É que não é possível descrever o que certamente sentem os comerciantes de Mondim ao ver que esta Câmara pura e simplesmente não quer saber deles para nada.
Será que o nosso comércio não contribui também para a imagem do concelho??
Será que os nossos comerciantes não têm direito a modernizar-se (recorrendo a estas verbas) tal como têm feito os nossos concelhos vizinhos?
Será que o sucesso do nosso comércio não contribui também para o aumento da produção de riqueza no nosso concelho?
Será...
Podiamos ficar todo a dia a colocar questões, mas não será certamente deste executivo que ouviremos as respostas.
Resta-nos aguardar que novas oportunidas surjam, mas com novas pessoas...
Sendo esta a minha primeira vez, gostaria de, antes de mais, felicitar a iniciativa deste espaço de discussão e partilha, pois parece-me , tirando um ou outros caso, estar à altura, sobretudo em ano de eleições, como é o caso.
Como mondinense que sou, revejo-me em muitas das críticas que têm sido feitas ao executivo. No entanto, gostaria de salientar que, na minha opinião, o desenvolvimento de um concelho não depende apenas de um executivo camarário, antes de uma massa crítica forte e saudável que sustente o desenvolvimento social. E, quanto a isso, meus amigos, continuamos muito mal.
Sobre o artigo em discussão, esta é a minha opinião:
1. Para que o município de Mondim tivesse, em 2002, apresentado uma candidatura ao URBCOM, precisava reunir uma equipa técnica forte, coisa que não existia na altura;
2. Paralelamente, e mais importante ainda, não existia, por parte do executivo uma estratégia comercial para a vila, muito menos de revitalização física para o centro (felizmente, esta situação pode vir a ser alterada com a existência do GTL - a ver vamos!);
3. Quem conhece um pouco da forma de funcionar deste tipo de programas sabe que as duas condições acima apresentadas são essenciais para o sucesso do investimento:1º Uma estratégia clara e bem definida; 2º gente capaz e trabalhadora;
4. Já agora, houve alguém que deu o exemplo de Cabeceiras. Por acaso, alguém consegue reconhecer os efeitos do investimento Urbcom (na altura Procom) naquela vila? Pelo amor de Deus, mais valia terem estado quietos. E, por acaso alguém já se lembrou de perguntar aos comerciantes se estão satisfeitos com o trabalho realizado, designadamente ao nível do apoio e acompanhamento prestado pelo município e pelas outras entidades competentes?
5. Quando se fala em tantos milhões, não podemos descura o facto de muitos deles terem que sair dos bolso dos particulares (comerciantes) e da autarquia, que é como quem diz dos nossos bolsos. E, quando as quantias são elevadas, é simplesmente obrigatório que o retorno seja altamente compensador, senão?.mais vale esperar por uma outra oportunidade.
6. Acreditem, caros conterrâneos que, no caso concreto do Urbcom quem mais ganhou foram as instituições bancárias. Estas sim ganharam em todos os processos por esse país fora.
7. Apesar destas constatações, não posso ignorar a importância que um projecto desta natureza tem para a modernização comercial, assim como para o aumento da competitividade do centro de uma vila. Contudo, a experiência diz-me que, por vezes, é melhor esperar pelo momento certo e não agir só porque ou outros também agiram. Se assim não fosse, poderíamos estar aqui a questionar tantas outras faltas de iniciativa?porque não termos um PITTER? Afinal o Turismo também é importante ou não?
8. Já agora, cada um de nós, na empresas onde trabalha, consegue abarcar, com eficiência, todos os projectos possíveis? Ou adopta uma política de prioridades, em função da limitação de recursos? Pensem nisso também. Até breve.
(Anónimo das 12:42)
É por acreditarmos que uma massa crítica é essencial para o desenvolvimento do concelho que aqui estamos. Seja muito bem-vindo.
Quanto ao comentário:
1. Gostaria de perceber melhor, em que se baseia para afirmar que em 2002 não existia uma equipa técnica forte para a execução de uma candidatura ao URBBCOM. A mim, parece-me que foi pura inércia política. Inércia essa, sustentada pela falta de uma estratégia comercial.
2. GTL? Era interessante perceber melhor qual a função desse Gabinete Técnico Local.
3. Quanto a Cabeceiras, surge como exemplo para se perceber a dimensão do investimento. Considero que o facto de todo esse dinheiro ter sido mal aplicado, se o foi, não pode ser utilizado como desculpa para a nossa inércia. Uma coisa é certa, há neste momento estabelecimentos comerciais em Cabeceiras que concorrem com estabelecimentos em Mondim, e estão neste momento melhor preparados porque souberam aproveitar o PROCOM. Em Celorico, onde o investimento foi menor, é impossível não reparar na intervenção do URBCOM. Podemos contestar a forma como está a ser aplicado, mas nunca o facto de terem atraido para as suas Vilas todo esse investimento.
Quanto ao acompanhamento, não percebo o porque desse descontentamento. A partir do momento que a Câmara consegue aprovar a candidatura, os comerciantes são responsáveis numa segunda fase pelas suas próprias candidaturas. Como podem estar descontentes?
4. Está claro que todos estes milhões não são atribuídos a 100%. Já por isso se chamam incentivos e não ofertas.
5. Quanto ao PITTER, neste momento não temos ainda uma estratégia para o Turismo, consequentemente, não podemos pedir ao nosso executivo que se candidate porque as condições não estão reunidas. Estão desculpados.
8. Já agora, podia explicar quais foram as prioridades da Câmara Municipal nestes anos todos para abdicar de um URBCOM?
Obrigado.
Olá Senhoriu
Sou o mesmo anónimo que havia feito aquele comentário, ao qual respondeu.
Antes de mais gostaria de dizer que o meu comentário foi feito enquanto cidadão deste nosso concelho e não enquanto político ou técnico da autarquia. Digo isto porque, ao reler o meu próprio comentário e , depois, o seu, fiquei com uma sensação estranha de uma certa tendência e isso não me agrada. A leitura que fiz dos factos foi de alguém que conhece um bocadinho dos meandros deste tipo de coisas e, em momento algum quis desculpabilizar seja o que for ou quem for. A minha intenção era simplesmente de opinar em função dos meus conheceimentos.
Já agora, aproveito para retorquir ao que pergunta:
1.A decisão de se avançar para este ou aquele projecto é sempre do executivo, penso eu. O que me parece é que qualquer executivo só avança para as coisas quando sabe que pode contar com uma determinada equipa de trabalho. Se olharmos para trás, verificamos que foi nos últimos anos (depois de 2002, portanto) que esta Câmara se encheu de gente, principalmente de técnicos. É simplesmente por isto que evoco a falta de um corpo técnico capaz, como uma das razões para a tal inércia. Até pode nem ter sido esta a razão mas, para mim, esta faria sentido....
2.GTL significa Grupo Técnico Local. Conheço alguém que trabalha no de Vila Nova de Cerveira e parece-me muito interessante. Aplicando o projecto a Mondim o resultado final seria a existência de um Plano de Pormenor que, de uma vez por todas e de acordo com a lei, fosse atribuído ao núcleo antigo da vila a classificação de "Zona Histórica" ou coisa parecida. A partir daí ficariam abertas novas possibilidades de acesso a fundos que só são possíveis nessa condição. Parece-me bem. Pena que demore tanto!
3. Quando falo do desagrado dos comerciantes é porque este tipo de iniciativas requer muito acompanhamento quer das obras, por uma lado, quer da parte financeira, por outro. A maioria dos nosso comerciantes não tem capacidade para lidar com a quantidade de papeis que os processos exigem e , se não devidamente acompanhados, acabam por desistir ou ficarem fartos. É verdade. Mais uma vez insisto de que esta é uma visão de alguém que até conhece casos concretos e sabe das dificuldades por que passaram.
Quanto ao ponto 8, sobre as prioridades da câmara, não tenho as mínimas condições para responder!!Apenas posso dizer que uma plano estratégico sera bem vindo!
Até breve.
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